sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Novo aplicativo permite acompanhar atividades de Bento XVI

O Pontifício Conselho das Comunicações Sociais (PCCS) lançou na última quarta-feira, dia 24 de janeiro, o "The Pope App", um aplicativo gratuito que permite acompanhar as atividades de Bento XVI por meio de celulares e computadores portáteis da Apple.

Disponível em cinco línguas, incluindo o português, o aplicativo “permite acompanhar eventos ao vivo e configurar alertas para notificar quando um evento papal começa”, refere a apresentação do PCCS.

Também se oferece acesso a “todo o material oficial relacionado com o Papa em vários formatos: notícias e discursos oficiais, galerias com as últimas fotos e vídeos, acesso ao seu calendário e links para outros serviços da Santa Sé”.

O aplicativo possibilita ainda a visualização de áreas específicas do Vaticano através de câmaras espalhadas pela Praça São Pedro que transmitem em tempo real.

Fonte: Rádio Vaticano

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Papa: "Usar redes sociais sem agressividade". A presença das novas tecnologias na JMJRio2013

Na coletiva de imprensa de apresentação da Mensagem de Bento XVI para o 47º Dia Mundial das Comunicações Sociais, Dom Claudio Maria Celli, Presidente do Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais, reiterou a necessidade de Bento XVI estar presente nas redes sociais, especialmente no Twitter. 

Dom Claudio Maria Celli convidou os mais de 2,5 milhões de ‘amigos’ do Papa no Twitter a ‘retuitarem’ as mensagens do Pontífice, para que cheguem ao maior número possível de pessoas. O arcebispo revelou ainda outra curiosidade: a conta em latim, aberta há cerca de uma semana, já tem mais de 10 mil seguidores. 

Respondendo à pergunta da RV sobre um incremento das atividades em perspectiva da JMJ Rio2013, o arcebispo respondeu:

Conheço muito bem Dom Orani, é um dos bispos mais atentos à dimensão comunicativa na Igreja. Vivi dias inteiros com ele e era surpreendente. Conheço os projetos existentes para a JMJ e considero que ela será um evento midiático no sentido que através das novas tecnologias, através de um ‘smartphone’, do próprio celular, as cerimônias do Papa poderão ser seguidas imediatamente por milhões de pessoas, será um momento realmente comunitário. Quem não poderá estar presente no Rio naqueles dias, poderá estar presente de outras maneiras, porque no momento da celebração, estará ao lado do Papa”.

Excluindo a presença do Pontífice no Facebook, Dom Claudio Maria Celli disse:

Em relação ao Facebook, pensamos que não era necessário. Facebook tem uma dimensão própria, como estrutura, como realidade, e não vejo a necessidade que o Santo Padre esteja presente no Facebook com uma as conta, um perfil. É pessoal demais. Ao contrário, Twitter e Youtube têm uma dimensão muito mais ‘institucional’. Por isso, hoje, preferimos não entrar neste campo com um perfil pessoal do Papa”. 

Segundo Mons. Paul Tighe, Secretário do Pontifício Conselho para as Comunicações, “não seria possível garantir um nível de autenticidade com um site pessoal do Papa. Seria exigente demais” – completou. 

Antes de responder às perguntas dos jornalistas, Dom Celli ilustrou os resultados de uma pesquisa de 2012 realizada pela Georgetown University de Washington e divulgou dados relativos a 21 países dos 5 continentes. De acordo com o arcebispo italiano, as redes sociais “são um ambiente existencial estruturado como rede, onde ‘escutar com uma atitude não-agressiva’, mas no modo indicado por Bento XVI, através de um caminho mais rico, verdadeiro e humano”. Na coletiva de imprensa de apresentação da Mensagem de Bento XVI para o 47º Dia Mundial das Comunicações Sociais, Dom Claudio Maria Celli, Presidente do Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais, reiterou a necessidade de Bento XVI estar presente nas redes sociais, especialmente no Twitter. 

Dom Claudio Maria Celli convidou os mais de 2,5 milhões de ‘amigos’ do Papa no Twitter a ‘retuitarem’ as mensagens do Pontífice, para que cheguem ao maior número possível de pessoas. O arcebispo revelou ainda outra curiosidade: a conta em latim, aberta há cerca de uma semana, já tem mais de 10 mil seguidores. 

Respondendo à pergunta da RV sobre um incremento das atividades em perspectiva da JMJ Rio2013, o arcebispo respondeu:

Conheço muito bem Dom Orani, é um dos bispos mais atentos à dimensão comunicativa na Igreja. Vivi dias inteiros com ele e era surpreendente. Conheço os projetos existentes para a JMJ e considero que ela será um evento midiático no sentido que através das novas tecnologias, através de um ‘smartphone’, do próprio celular, as cerimônias do Papa poderão ser seguidas imediatamente por milhões de pessoas, será um momento realmente comunitário. Quem não poderá estar presente no Rio naqueles dias, poderá estar presente de outras maneiras, porque no momento da celebração, estará ao lado do Papa”.

Excluindo a presença do Pontífice no Facebook, Dom Claudio Maria Celli disse:

Em relação ao Facebook, pensamos que não era necessário. Facebook tem uma dimensão própria, como estrutura, como realidade, e não vejo a necessidade que o Santo Padre esteja presente no Facebook com uma as conta, um perfil. É pessoal demais. Ao contrário, Twitter e Youtube têm uma dimensão muito mais ‘institucional’. Por isso, hoje, preferimos não entrar neste campo com um perfil pessoal do Papa”. 

Segundo Mons. Paul Tighe, Secretário do Pontifício Conselho para as Comunicações, “não seria possível garantir um nível de autenticidade com um site pessoal do Papa. Seria exigente demais” – completou. 

Antes de responder às perguntas dos jornalistas, Dom Celli ilustrou os resultados de uma pesquisa de 2012 realizada pela Georgetown University de Washington e divulgou dados relativos a 21 países dos 5 continentes. De acordo com o arcebispo italiano, as redes sociais “são um ambiente existencial estruturado como rede, onde ‘escutar com uma atitude não-agressiva’, mas no modo indicado por Bento XVI, através de um caminho mais rico, verdadeiro e humano”. 

Fonte: Rádio Vaticano

"Redes sociais: portais de verdade e de fé": leia Mensagem de Bento XVI

No dia em que a Igreja celebra S. Francisco de Sales, padroeiro dos jornalistas, a Sala de Imprensa da Santa Sé apresentou na manhã desta quinta-feira a Mensagem de Bento XVI para o Dia Mundial das Comunicações Sociais, que será celebrado em 12 de maio.

“Redes sociais: portais de verdade e de fé; novos espaços de evangelização” é o título da Mensagem, que publicamos a seguir:

Amados irmãos e irmãs,

Encontrando-se próximo o Dia Mundial das Comunicações Sociais de 2013, desejo oferecer-vos algumas reflexões sobre uma realidade cada vez mais importante que diz respeito à maneira como as pessoas comunicam atualmente entre si; concretamente quero deter-me a considerar o desenvolvimento das redes sociais digitais que estão a contribuir para a aparição duma nova ágora, duma praça pública e aberta onde as pessoas partilham ideias, informações, opiniões e podem ainda ganhar vida novas relações e formas de comunidade.

Estes espaços, quando bem e equilibradamente valorizados, contribuem para favorecer formas de diálogo e debate que, se realizadas com respeito e cuidado pela privacidade, com responsabilidade e empenho pela verdade, podem reforçar os laços de unidade entre as pessoas e promover eficazmente a harmonia da família humana. A troca de informações pode transformar-se numa verdadeira comunicação, os contatos podem amadurecer em amizade, as conexões podem facilitar a comunhão. Se as redes sociais são chamadas a concretizar este grande potencial, as pessoas que nelas participam devem esforçar-se por serem autênticas, porque nestes espaços não se partilham apenas ideias e informações, mas em última instância a pessoa comunica-se a si mesma.

O desenvolvimento das redes sociais requer dedicação: as pessoas envolvem-se nelas para construir relações e encontrar amizade, buscar respostas para as suas questões, divertir-se, mas também para ser estimuladas intelectualmente e partilhar competências e conhecimentos. Assim as redes sociais tornam-se cada vez mais parte do próprio tecido da sociedade enquanto unem as pessoas na base destas necessidades fundamentais. Por isso, as redes sociais são alimentadas por aspirações radicadas no coração do homem.

A cultura das redes sociais e as mudanças nas formas e estilos da comunicação colocam sérios desafios àqueles que querem falar de verdades e valores. Muitas vezes, como acontece também com outros meios de comunicação social, o significado e a eficácia das diferentes formas de expressão parecem determinados mais pela sua popularidade do que pela sua importância intrínseca e validade. E frequentemente a popularidade está mais ligada com a celebridade ou com estratégias de persuasão do que com a lógica da argumentação. Às vezes, a voz discreta da razão pode ser abafada pelo rumor de excessivas informações, e não consegue atrair a atenção que, ao contrário, é dada a quantos se expressam de forma mais persuasiva. Por conseguinte os meios de comunicação social precisam do compromisso de todos aqueles que estão cientes do valor do diálogo, do debate fundamentado, da argumentação lógica; precisam de pessoas que procurem cultivar formas de discurso e expressão que façam apelo às aspirações mais nobres de quem está envolvido no processo de comunicação. Tal diálogo e debate podem florescer e crescer mesmo quando se conversa e toma a sério aqueles que têm ideias diferentes das nossas. «Constatada a diversidade cultural, é preciso fazer com que as pessoas não só aceitem a existência da cultura do outro, mas aspirem também a receber um enriquecimento da mesma e a dar-lhe aquilo que se possui de bem, de verdade e de beleza» (Discurso no Encontro com o mundo da cultura, Belém, Lisboa, 12 de Maio de 2010).

O desafio, que as redes sociais têm de enfrentar, é o de serem verdadeiramente abrangentes: então beneficiarão da plena participação dos fiéis que desejam partilhar a Mensagem de Jesus e os valores da dignidade humana que a sua doutrina promove. Na realidade, os fiéis dão-se conta cada vez mais de que, se a Boa Nova não for dada a conhecer também no ambiente digital, poderá ficar fora do alcance da experiência de muitos que consideram importante este espaço existencial. O ambiente digital não é um mundo paralelo ou puramente virtual, mas faz parte da realidade quotidiana de muitas pessoas, especialmente dos mais jovens. As redes sociais são o fruto da interação humana, mas, por sua vez, dão formas novas às dinâmicas da comunicação que cria relações: por isso uma solícita compreensão por este ambiente é o pré-requisito para uma presença significativa dentro do mesmo.

A capacidade de utilizar as novas linguagens requer-se não tanto para estar em sintonia com os tempos, como sobretudo para permitir que a riqueza infinita do Evangelho encontre formas de expressão que sejam capazes de alcançar a mente e o coração de todos. No ambiente digital, a palavra escrita aparece muitas vezes acompanhada por imagens e sons. Uma comunicação eficaz, como as parábolas de Jesus, necessita do envolvimento da imaginação e da sensibilidade afetiva daqueles que queremos convidar para um encontro com o mistério do amor de Deus. Aliás sabemos que a tradição cristã sempre foi rica de sinais e símbolos: penso, por exemplo, na cruz, nos ícones, nas imagens da Virgem Maria, no presépio, nos vitrais e nos quadros das igrejas. Uma parte consistente do património artístico da humanidade foi realizado por artistas e músicos que procuraram exprimir as verdades da fé.

A autenticidade dos fiéis, nas redes sociais, é posta em evidência pela partilha da fonte profunda da sua esperança e da sua alegria: a fé em Deus, rico de misericórdia e amor, revelado em Jesus Cristo. Tal partilha consiste não apenas na expressão de fé explícita, mas também no testemunho, isto é, no modo como se comunicam «escolhas, preferências, juízos que sejam profundamente coerentes com o Evangelho, mesmo quando não se fala explicitamente dele» (Mensagem para o Dia Mundial das Comunicações Sociais de 2011). Um modo particularmente significativo de dar testemunho é a vontade de se doar a si mesmo aos outros através da disponibilidade para se deixar envolver, pacientemente e com respeito, nas suas questões e nas suas dúvidas, no caminho de busca da verdade e do sentido da existência humana. A aparição nas redes sociais do diálogo acerca da fé e do acreditar confirma a importância e a relevância da religião no debate público e social.

Para aqueles que acolheram de coração aberto o dom da fé, a resposta mais radical às questões do homem sobre o amor, a verdade e o sentido da vida – questões estas que não estão de modo algum ausentes das redes sociais – encontra-se na pessoa de Jesus Cristo. É natural que a pessoa que possui a fé deseje, com respeito e tacto, partilhá-la com aqueles que encontra no ambiente digital. Entretanto, se a nossa partilha do Evangelho é capaz de dar bons frutos, fá-lo em última análise pela força que a própria Palavra de Deus tem de tocar os corações, e não tanto por qualquer esforço nosso. A confiança no poder da ação de Deus deve ser sempre superior a toda e qualquer segurança que possamos colocar na utilização dos recursos humanos. Mesmo no ambiente digital, onde é fácil que se ergam vozes de tons demasiado acesos e conflituosos e onde, por vezes, há o risco de que o sensacionalismo prevaleça, somos chamados a um cuidadoso discernimento. A propósito, recordemo-nos de que Elias reconheceu a voz de Deus não no vento impetuoso e forte, nem no tremor de terra ou no fogo, mas no «murmúrio de uma brisa suave» (1 Rs 19, 11-12). Devemos confiar no facto de que os anseios fundamentais que a pessoa humana tem de amar e ser amada, de encontrar um significado e verdade que o próprio Deus colocou no coração do ser humano, permanecem também nos homens e mulheres do nosso tempo abertos, sempre e em todo o caso, para aquilo que o Beato Cardeal Newman chamava a «luz gentil» da fé.

As redes sociais, para além de instrumento de evangelização, podem ser um fator de desenvolvimento humano. Por exemplo, em alguns contextos geográficos e culturais onde os cristãos se sentem isolados, as redes sociais podem reforçar o sentido da sua unidade efetiva com a comunidade universal dos fiéis. As redes facilitam a partilha dos recursos espirituais e litúrgicos, tornando as pessoas capazes de rezar com um revigorado sentido de proximidade àqueles que professam a sua fé. O envolvimento autêntico e interativo com as questões e as dúvidas daqueles que estão longe da fé, deve-nos fazer sentir a necessidade de alimentar, através da oração e da reflexão, a nossa fé na presença de Deus e também a nossa caridade operante: «Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, sou como um bronze que soa ou um címbalo que retine» (1 Cor 13, 1).

No ambiente digital, existem redes sociais que oferecem ao homem atual oportunidades de oração, meditação ou partilha da Palavra de Deus. Mas estas redes podem também abrir as portas a outras dimensões da fé. Na realidade, muitas pessoas estão a descobrir – graças precisamente a um contato inicial feito on line – a importância do encontro direto, de experiências de comunidade ou mesmo de peregrinação, que são elementos sempre importantes no caminho da fé. Procurando tornar o Evangelho presente no ambiente digital, podemos convidar as pessoas a viverem encontros de oração ou celebrações litúrgicas em lugares concretos como igrejas ou capelas. Não deveria haver falta de coerência ou unidade entre a expressão da nossa fé e o nosso testemunho do Evangelho na realidade onde somos chamados a viver, seja ela física ou digital. Sempre e de qualquer modo que nos encontremos com os outros, somos chamados a dar a conhecer o amor de Deus até aos confins da terra.

Enquanto de coração vos abençoo a todos, peço ao Espírito de Deus que sempre vos acompanhe e ilumine para poderdes ser verdadeiramente arautos e testemunhas do Evangelho. «Ide pelo mundo inteiro, proclamai o Evangelho a toda a criatura» (Mc 16, 15).

Vaticano, 24 de Janeiro – Festa de São Francisco de Sales – do ano 2013.


Fonte: Rádio Vaticano

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Vaticano muda a imagem das Comunicações

O Vaticano anunciou na manhã desta terça, 22, duas importantes nomeações no campo das comunicações: Bento XVI designou o Monsenhor italiano Dario Edoardo Viganó como Diretor do Centro Televisivo Vaticano (CTV), cargo até agora ocupado pelo Diretor da Rádio Vaticano, Padre Federico Lombardi.

O Pontífice também nomeou o leigo Angelo Scelzo, atual vice-secretário do Pontifício Conselho das Comunicações Sociais como vice-diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé. 

Mons. Dario Edoardo Viganó, 51 anos, pertence ao clero da arquidiocese de Milão e é professor do Instituto Pastoral “Redemptor Hominis” da Pontifícia Universidade 
Lateranense, em Roma.

O Centro Televisivo Vaticano (CTV) foi criado em 1983 e tem como missão difundir com imagens o Evangelho, o ministério pastoral do Pontífice e as atividades da Santa Sé. Programa uma média anual de 200 eventos ao vivo, entre celebrações na Praça São Pedro, na Basílica de São Pedro, na Sala Paulo VI, audiências públicas do Papa e Angelus dirigidos pelo Pontífice.

Desde 2010 transmite integralmente em alta definição, medida adotada – segundo explicou Pe. Lombardi na época – para adequar-se aos tempos, pois “se não o fizéssemos, a imagem do Papa sairia gradualmente do mundo televisivo nos próximos anos”.

Pe. Federico Lombardi, 70 anos, jesuíta, continua dirigindo a Sala de Imprensa da Santa Sé e a Rádio Vaticano. 

Fonte: Rádio Vaticano

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Prof. Dionigi: "Latim, uma língua perfeita para o Twitter"


A abertura de uma conta em latim no Twitter do Papa Bento XVI, despertou ontem um grande interesse e curiosidade. A nova conta segue as outras 8 já ativas desde 12 de dezembro, em italiano, polonês, inglês, espanhol, português, árabe, alemão e francês. Bento XVI já tem mais de 3 milhões de seguidores no Twitter.
Para refletir sobre esta iniciativa, a Rádio Vaticano conversou com o Presidente da Pontifícia Academia da Latinidade (instituída por Bento XVI), prof. Ivano Dionigi.
Prof. Dionigi: “A primeira impressão é aquela que acabou com a ideia de um homem afastado do mundo. É justamente ‘in medias res’, usando os meios de comunicação, que mais rapidamente, de maneira mais eficaz, se chega a todos. Este parece ser um bom sinal: além do mérito do uso da língua latina em si mesmo, também o veículo como é usada. Parece-me que isto seja um sinal de grande atenção, de querer estar na ordem do dia”.
Pergunta: Esta aproximação do latim com o Twitter é algo inédito. Na realidade, se quisermos, o binômio inovação-tradição faz parte da história da Igreja. Talvez também isto deva ser lembrado….
Prof. Dionigi“Sim, exatamente. Depois, eu digo uma coisa bem mais simples que pode parecer uma dissonância: Twitter para o latim. Eu lembro isto: cada um de nós escreve o correio eletrônico:@ e “at”. Todos acham que seja inglês, porém é “ad”. Também o “arroba” é latim. Então, nenhuma contradição, como eu disse, porque toda a nossa cultura e língua, e também a tecnologia, são entranhadas por isto. E depois, eu acredito, como dizia Petrarca – nós devemos ter constantemente o olhar voltado para trás e para frente. Nós vivemos de história: cada um de nós é história. Deste modo, conciliar estes dois momentos é fundamental”.
Pergunta: O papa, de qualquer maneira, também está ajudando a destacar quanto seja importante redescobrir, na Igreja, e não somente nela, o latim….
Prof. Dionigi: “Sim, está dando um sinal. Também porque o latim, querendo seguir o Twitter, se adapta muito bem, porque é a linguagem da brevidade por excelência, por definição. Também aqui, conhecer um pouco da estrutura da língua latina, assim sintética, me faz acreditar que alguns daqueles que amam o Twiter poderão encontrar-se em boa companhia com o latim. O Twitter, de fato, exige rigor, objetividade, concisão, fazer uso do essencial. Eu acredito que hoje, todos nós tenhamos necessidade de tornar a ser um pouco ‘tacitian’ diante desta verdadeira inundação de palavras. Aprender o valor das palavras, que ajuda todos a uma maior consciência e a pensar antes de falar. Quando se começava ou mesmo havia algum evento, se costumava usar uma fórmula clássica de saudação: ‘Felix, faustus fortunatusque sit hic nuntius’. Que este anúncio seja auspicioso e tenha bom êxito em todas as direções, e assim, atinja o maior número de interlocutores. Era o “boa sorte” do período clássico, e que eu faço agora nesta entrevista”.
Fonte: Rádio Vaticano

Papa no Twitter em latim


O Papa lançou no Twitter a versão em latim. Trata-se da nona língua, após o inglês, espanhol, italiano, francês, alemão, português, polonês e árabe.
Bento XVI assim define seu Twitter em latim: “Pagina Publica breviloquentis”. No seu primeiro tweet de boas-vindas escreve: “Tuus adventus in paginam publicam Summi Pontificis Benedicti XVI breviloquentis optatissimus est”, isto é, “O teu acesso na página Twitter oficial do Sumo Pontífice Bento XVI é muito bem vindo”.
O Papa já superou 2 milhões de seguidores no Twitter.
Fonte: Rádio Vaticano

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Como são criados os 'tweets' do Papa?


Em entrevista concedida à agência católica estadunidense ‘Catholic World News’ (CWN), o Presidente do Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais descreveu o processo com o qual os ‘tweets’ do Papa Bento XVI são enviados.
“O departamento da Secretaria de Estado encarregado disso prepara um texto, que o Papa deve aprovar”, disse o Arcebispo Claudio Maria Celli, que dirige o dicastério desde 2007. “Nós acreditamos fortemente e desejamos que os tweets sejam realmente de Bento XVI”.
Dissertando a respeito das reações às mensagens do Papa no Twitter, Dom Celli acrescentou que “temos recebido mensagens lindas de jovens, e com conteúdo variado – às vezes brincando, algumas ofensivas e as mensagens críticas também, mas, para nós, que vivemos nessas circunstâncias, não foi nenhuma surpresa, confesso”.
“Estávamos plenamente conscientes do que iria acontecer: quando o Papa deseja entrar em diálogo com o homem moderno e se coloca a esse nível, os riscos são levados em consideração”.
Fonte: Rádio Vaticano