segunda-feira, 30 de setembro de 2013

"Comunicação a serviço de uma autêntica cultura do encontro"

Tema do  Mensagem do Santo Padre para a Jornada Mundial das Comunicações Sociais 2014

O ser humano se expressa acima de tudo na capacidade de comunicar. Na comunicação e através dela podemos, de fato, encontrar outras pessoas, expressar o que somos, o nosso pensamento, o que acreditamos, como queremos viver e, talvez o mais importante, aprendemos a conhecer as pessoas com as quais somos chamados a viver. Uma tal comunicação requer honestidade, respeito recíproco e compromisso para aprender uns com os outros, exige a capacidade de saber dialogar respeitosamente com as verdades dos outros. Muitas vezes, de fato, o que inicialmente poderia aparentar uma "diversidade" revela a riqueza da nossa humanidade e na descoberta do outro encontramos igualmente a verdade do nosso ser.

Na nossa época se está desenvolvendo uma nova cultura, favorecida pela tecnolocia, e a comunicação é em certo modo "amplificada" e "continua". Somos desta maneira chamados a "Fazer redescobrir, no encontro pessoal e também através dos meios de comunicação social, a beleza de tudo o que está na base do nosso caminho e da nossa vida, a beleza da fé, a beleza do encontro com Cristo."(Discurso do Papa Francisco aos participantes da Assembléia Geral do Pontificio Conselho para as Comunicaçõees Sociais, 21 Setembro de 2013).


Neste contexto, cada um de nós deveria acolher o desafio de ser autêntico, testemunhando os valores nos quais acredita, a sua identidade cristã, a sua experiência cultural, expresso com uma nova linguagem, para se chegar a partilha.


A capacidade de comunicar, reflexo da nossa participação no criativo, comunicativo e unificante Amor Trinitário, é um dom que nos permite de crescer nos relacionamentos interpessoais, que são uma riqueza na nossa vida, e de encontrar no diálogo uma resposta àquelas divisões que criam tensões no interior das comunidades e entre as nações.


A Era da Globalização impõe com força que a comunicação possa chegar aos lugares mais remotos do mundo real, mas também "nos ambientes criados pelas novas tecnologias, nas redes sociais, para fazer emergir uma presença... que escuta, dialoga, encoraja". (Discurso do Papa Francisco aos participantes da Assembléia Geral do Pontificio Conselho para as Comunicaçõees Sociais, 21 Setembro de 2013), para que ninguém se sinta excluído.
A Mensagem para a Jornada Mundial das Comunicações Sociais de 2014 quer explorar o potencial da comunicação, em um mundo sempre mais conectado e em rede, a fim de que as pessoas estejam mais próximas uma das outras e seja construído um mundo mais justo.


A Jornada Mundial das Comunicações Sociais, único dia mundial estabelecido pelo Concílio Vaticano II ("Inter Mirifica", 1963), vem sendo celebrada em muitos países, sobre a recomendação dos bispos do mundo, no Domingo que antecede o Pentecostes (em 2014, dia 1 de junho).
A Mensagem do Santo Padre para a Jornada Mundial das Comunicações Sociais vem sendo tradicionalmente publicada na ocasião da Festa de São Francisco de Sales, padroeiro dos jornalistas (24 Janeiro).


Fonte: PCCS

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Pátio dos Gentios dedicado aos jornalistas. O diálogo entre o Cardeal Ravasi e o jornalista Scalfari

Realizou-se em Roma, nesta quarta-feira (25), o ‘Pátio dos Gentios’ dedicado aos jornalistas. No centro do encontro, o diálogo entre o Presidente do Pontifício Conselho da Cultura, Cardeal Gianfranco Ravasi e o fundador do jornal italiano ‘La Repubblica’, Eugenio Scalfari. O ‘Pátio dos Gentios’ é a estrutura criada por Bento XVI para promover o diálogo entre crentes e não-crentes.
“Não estamos aqui para convertermo-nos mutuamente, mas temos em comum a convicção que as nossas posições diversas devam ser fermento para uma terra que tem necessidade de ser fertilizada”. Assim, Eugenio Scalfari concluiu seu diálogo com o Cardeal Ravasi, com o qual confessa ter, há muito tempo, um território espiritual e mental comum. O fundador do ‘La Reppublica’ havia aberto a conversação destacando ser ‘enamorado’ de Jesus desde que, na juventude, escolheu abandonar a fé. Recorda ter praticado, forçosamente, os Exercícios Espirituais na Casa do Sagrado Coração em Roma, onde encontrou refúgio como renitente à onda fascista. “Devo muito àqueles jesuítas que me ensinaram a raciocinar – confessa Scalfari – mas sou enamorado dos franciscanos”.
O intelectual não-crente explica assim o seu interesse pelo diálogo com os católicos e individua na morte de Cristo na cruz o ápice da encarnação e da mensagem cristã. É justo naquela escolha de colocar o amor pelos outros como anterior ao egoísmo, que Scalfari encontra a mensagem mais importante para uma sociedade onde “a taxa de narcisismo tornou-se patológica’”.
O Cardeal Ravasi, por sua vez, louva Scalfari pela intuição e responde descrevendo o grito de Cristo na Cruz – “meu Deus, porque me abandonaste? – como “o ateísmo salvífico de Cristo”, a quem – especifica ele – a teologia justapõe a Ressurreição enquanto Cristo permanece o Filho mesmo se não sente o Pai e assim “depõe na mortalidade a semente do infinito”.
O Presidente do Pontifício Conselho da Cultura retoma também o tema do papel da Igreja na revolução da comunicação da era digital. Recorda que Jesus nos Evangelhos, nos oferece um método quando utiliza a linguagem breve do ‘tweet’ de modo sistemático, o roteiro televisivo por meio das ‘parábolas’ e baseia na corporeidade o seu anúncio. “Se um pastor hoje não se interessa pela comunicação – observou – está fora do seu ministério”. Mas no ambiente da nova comunicação digital – explica o Cardeal Ravasi – a linguagem da Igreja deve ter uma “nova gramática”, mais direta, abandonando as “subordinadas”. E abrindo caminho para esta renovada e eficaz presença da Igreja no mundo atual, estão justamente as cartas do Papa Francisco e do Papa Emérito Bento XVI escritas ao Jornal ‘La Reppublica’, e a entrevista do Papa Francisco à revista dos jesuítas “La Civiltá Cattolica”.
Fonte: Rádio Vaticana

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

O Santo Padre Francisco: um sim à vida, à família e ao matrimônio

Infelizmente, o conteúdo da entrevista do Papa Francisco tem sido manipulado por diferentes meios de comunicação
Padre Jorge Lutz
No dia 19 de Setembro, 16 revistas jesuítas no mundo todo publicaram uma nova e extensa entrevista com o Santo Padre Francisco, feita pelo Pe. Antonio Spadaro, SJ, diretor da revista La Civiltà Cattolica ─ uma publicação jesuíta que é revisada pela Secretaria de Estado do Vaticano – que foi publicada em espanhol e foi apresentada pela revista “Razón y Fe”.
O Santo Padre Francisco nos fala dele, de porque se tornou Jesuíta e do que significa para um jesuíta ser Papa. Na entrevista nos fala também da vida na Companhia de Jesus, sua espiritualidade e missão, e de “como a Companhia deve ter sempre diante de si a procura da glória de Deus sempre maior”. Com muito carinho nos fala do Povo Santo de Deus e diz que “a imagem da Igreja de que gosto é a do povo santo e fiel de Deus”. Também aborda temas da sua experiência de governo, da importância de “sentir com a Igreja”, da importância da mulher, da doutrina moral da Igreja e das realidades mais interiores e profundas do ser humano. O Papa compartilha como reza e quanto é importante ter esperança na vida.
Infelizmente o conteúdo desta entrevista tem sido manipulado por diferentes meios de comunicação, apresentando o Santo Padre, como alguém que está contra a luta pela vida e pró-família, concretamente em temas como o aborto e a homossexualidade e o papel da mulher na Igreja. Os comentários do Santo Padre aparecem especialmente dentro do parágrafo: “Igreja, hospital de campanha?” Onde o Santo Padre, longe de justificar estas ideologias contra a vida e a família, tenta nos alentar a entender quão importante é hoje “curar as feridas”, aproximando-nos das pessoas com verdadeira misericórdia.
Diante da pergunta de como devem ser as pastorais com os homossexuais e da segunda união, o Papa Francisco diz que “temos que anunciar o Evangelho em todas as partes, pregando a Boa Notícia do Reino e curando, também com a nossa pregação, todo tipo de ferida e qualquer doença. Em Buenos Aires, disse, recebeu cartas de pessoas homossexuais que são verdadeiros feridos sociais, porque me dizem que sentem que a Igreja sempre os condenou. Mas a Igreja não pode fazer isso. Durante o vôo em que retornava do Rio, disse que se uma pessoa homossexual tem boa vontade e procura Deus, quem sou eu para julgá-la? Ao dizer isto eu disse o que diz o Catecismo. A religião tem direito de expressar suas próprias opiniões a serviço das pessoas, mas Deus na criação nos fez livres, não é possível uma ingerência espiritual na vida pessoal”. Aqui quando o Papa se refere à vida pessoal, se refere a todo ser humano e seu interior, e em nenhum momento fala de pessoas homossexuais ou lésbicas como diz a mídia de forma tendenciosa.
O Papa lembrou também que “uma vez, uma pessoa, para me provocar, perguntou- me se eu aprovava a homossexualidade. Eu então respondi para ela com outra pergunta: ‘Diga-me se Deus, quando olha para uma pessoa homossexual, aprova sua existência com afeto ou a rejeita e a condena? ’ Há que se ter sempre em consideração a pessoa. Aqui entramos no Mistério do ser humano. Nesta vida, Deus acompanha as pessoas e é nosso dever acompanhá-las a partir de sua condição. Há que se acompanhar com misericórdia. Quando acontece assim, o Espírito Santo inspira ao sacerdote as palavras oportunas”
O Santo Padre também falou “que esta é a grandeza da confissão, que avalia cada caso, onde se pode discernir o que é o melhor para uma pessoa que busca a Deus e sua graça. O confessionário não é um lugar de tortura, e sim aquele lugar da misericórdia em que o Senhor nos conduz para fazer o melhor que possamos. Estou pensando na situação de uma mulher que tem o peso do fracasso matrimonial em que aconteceu também um aborto. Depois disso a mulher casou-se novamente e agora vive em paz com cinco filhos. O aborto pesa-lhe enormemente e ela está sinceramente arrependida. Gostaria de retomar a vida cristã. O que faz o confessor?” Isto para nada é justificar o aborto, ir contra o matrimônio ou favorecer o divorcio.
O Papa Francisco afirma também que “não podemos seguir insistindo só em questões referentes ao aborto, ao matrimônio homossexual e ao uso de anticoncepcionais. É impossível.  Eu já falei muito destas coisas e recebi reclamações, mais ao falar destas coisas tem-se que se falar no seu contexto. Além do mais já conhecemos a opinião da Igreja e Eu sou filho da Igreja, e não é necessário estar falando destas coisas sem parar… O anúncio missionário concentra-se no essencial, no que é necessário, que por outra parte é o que mais apaixona e atrai e faz arder o coração… a proposta evangélica deve ser mais simples, mais profunda e irradiante. Só desta proposta depois surgem as conseqüências morais”. Os meios de comunicação têm informado de forma ambígua e mal intencionada que o Papa critica uma obsessão da Igreja nestes temas, mais o que o Papa Francisco tem feito é simplesmente com abertura, simplicidade e de forma direta e humilde deixar clara a doutrina da Igreja, que brota da pregação do Amor e da Misericórdia de Cristo e que devem se expressar numa autêntica pastoral para nossa época.
Todo este tema do Aborto se esclarece ainda mais com a firme postura do Santo Padre frente a cultura do descartável, que busca a eliminação dos seres humanos mais fracos. No discurso que fez aos ginecologistas católicos participantes do encontro promovido pela Federação Internacional das Associações de Médicos Católicos, pronunciado em 20 de Setembro deste ano, o Papa disse que “nossa resposta a esta mentalidade é um SIM decidido e sem vacilações à vida, que sempre é sagrada é inviolável”. Este discurso tem ainda muita importância, diante da manipulação que alguns meios de comunicação seculares estão fazendo da entrevista do Santo Padre.
O Papa Francisco toca outros temas apaixonantes em sua entrevista. Para iluminar mais a nossa formação e não deixar que a mídia secular nos manipule, acho adequado abordar o tema da mulher. Longe de toda ideologização e com muita clareza no tema sobre a mulher e sua função e missão na Igreja, nos diz o Papa que “é necessário ampliar os espaços de uma presença feminina mais incisiva na Igreja… As mulheres têm colocado perguntas profundas que devem ser tratadas. A Igreja não pode ser ela própria sem a mulher e o seu papel. A mulher, para Igreja, é imprescindível. Maria, uma mulher, é mais importante que os bispos. Digo isto, porque não se deve confundir a função com a dignidade. É necessário aprofundar melhor a figura da mulher na Igreja. É preciso trabalhar mais para fazer uma teologia profunda da mulher. Só realizando esta etapa se poderá refletir melhor sobre a função da mulher no interior da Igreja. O gênio feminino é necessário nos lugares em que se tomam as decisões importantes. O desafio hoje é exatamente esse: refletir sobre o lugar específico da mulher”.
É o Santo Padre quem nos desafia e nos diz na entrevista: “Sonho com uma Igreja Mãe e Pastora… Em vez de ser apenas uma Igreja que acolhe e recebe, tendo as portas abertas, procuramos mesmo ser uma Igreja que encontra novos caminhos, que é capaz de sair de si mesma e ir ao encontro de quem não a freqüenta; de quem a abandonou ou lhe é indiferente… Mas é necessário audácia, coragem”.
Façamos a nossa parte e, como o Papa Francisco diz, trabalhemos por “procurar e encontrar Deus em todas as coisas… Devemos caminhar juntos: o povo, os Bispos e o Papa.
Fonte: Arquidiocese do Rio de Janeiro

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Inscrições para os Prêmios de Comunicação da CNBB têm início no dia 30

No período de 30 de setembro a 31 de dezembro de 2013, estarão abertas as inscrições para os “Prêmios de Comunicação da CNBB”. Os prêmios são promovidos pela Conferência dos Bispos por meio da Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação. Serão escolhidos os melhores trabalhos produzidos entre 2012 e 2013, cujos objetivos coincidam com valores humanos, cristãos e éticos. A cerimônia de entrega dos prêmios acontecerá durante a 52ª Assembléia Geral dos Bispos, programada para o mês de maio de 2014, em Aparecida (SP).
São quatro categorias, sendo os prêmios Margarida de Prata para o cinema, Microfone de Prata para o rádio, Clara de Assis para a televisão e Dom Hélder Câmara para a imprensa. “Nesta longa trajetória, a CNBB vem trabalhando para que essas produções culturais estejam sustentadas nos valores humanos, éticos e cristãos. Desta forma, a Conferência busca estabelecer um diálogo com o mundo da comunicação, da cultura e da criação artística e, ao mesmo tempo, reconhecer e valorizar o trabalho desses profissionais”, destaca a assessora da Comissão para a Comunicação, Ir. Élide Fogolari.
Os regulamentos de cada prêmio e a ficha de inscrição estarão disponíveis no site da CNBB a partir do dia 30 de setembro. 
Reconhecimento
Completando 46 anos, o prêmio Margarida de Prata é um dos mais antigos. Foi criado em 1967 e já premiou mais de 100 filmes brasileiros entre longas e curtas-metragens e menções especiais. Ir. Élide Fogolari lembra que esse prêmio surgiu no período da Ditadura Militar no Brasil, para um contraposição contra a restrição do Governo sobre as produções culturais. A premiação é reconhecida pelos cineastas e produtores nacionais.
Foram premiados cineastas como Walter Salles por Central do Brasil, Terra estrangeira e Abril despedaçado; Silvio Tendler por Os anos JK, Jango, Castro Alves- Retrato do poeta e Utopia e barbárie, Josué de Castro, cidadão do mundo; Roberto Farias por Pra frente Brasi; Leon Hirszmann por São Bernardo, Eles não usam black-tie e Imagens do inconsciente; João Moreira Salles por Nelson Freire, entre muitos outros.
Conheça os prêmios
11º Prêmio Dom Hélder Câmara de Imprensa foi criado em 2002. Tem por objetivo premiar profissionais da mídia imprensa, cujas reportagens tragam em seu conteúdo valores humanos, sociais, políticos, cristãos e éticos, com vistas a construção da cidadania e a construção da cultura da paz.
8º Prêmio Clara de Assis para a Televisão foi criado em 2005. Tem por objetivo premiar programas televisivos nacionais, produzidos e exibidos por emissoras comerciais, educativas ou comunitárias brasileiras e que trazem em seu conteúdo valores humanos, sociais, políticos, cristãos e éticos.
44º Prêmio Margarida de Prata foi criado em 1967 pela Central Católica de Cinema, no âmbito do então Secretariado de Opinião Pública da CNBB. Tem por objetivo premiar as produções nacionais do cinema brasileiro, obras que apresentem em suas temáticas e artística valores humanos, éticos e espirituais.
22º Prêmio Microfone de Prata foi criado em 1989. Tem como objetivo principal incentivar e apoiar a produção e a qualidade de programas radiofônicos não só religiosos, evangelizadores, mas também de promoção humana, reconhecendo o valor do que já se faz e buscando aperfeiçoar.

"Pátio dos jornalistas", um espaço para discutir comunicação e fé

Realiza-se em Roma, em 25 de setembro, o ‘Pátio dos Jornalistas’. A iniciativa é promovida pelo ‘Pátio dos Gentios’, a estrutura criada por Bento XVI dentro do Pontifício Conselho da Cultura, para promover o diálogo entre crentes, agnósticos e ateus. O encontro será presidido pelo Presidente do Pontifício Conselho da Cultura, Cardeal Gianfranco Ravasi e pelo fundador do jornal italiano ‘La Reppublica’, Eugenio Scalfari.
Os temas de discussão escolhidos para o encontro são “Ética da sociedade e ética da comunicação’; ‘Liberdade e responsabilidade na informação. Objetividade e verdade” e “Jornalismo, cultura e fé. Crer é comunicar”.
Também no programa, previsto o diálogo entre o Cardeal Gianfranco Ravasi e o jornalista Scalfari, seguido de intervenções de jornalistas dos principais jornais italianos.
O encontro será realizado no Templo de Adriano, localizado na Praça de Pedra, em Roma, com início às 9 horas.
Fonte: Rádio Vaticana

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Aos comunicadores católicos, Francisco pede que transmitam calor e levem ao encontro com Cristo

O Papa Francisco recebeu na manhã deste sábado os participantes da Plenária do Pontifício Conselho das Comunicações Sociais (PCCS), que se encerra hoje no Vaticano, sobre o tema “A rede e a Igreja”.

Em seu discurso, o Papa falou da importância da comunicação para a Igreja, recordando de modo especial os 50 anos da aprovação do Decreto Conciliar Inter mirifica. Nas últimas décadas, analisou, os meios de comunicação evoluíram muito, mas a solicitude permanece, assumindo novas sensibilidades e formas.

Pouco a pouco o panorama da comunicação foi-se tornando, para muitos, um «ambiente de vida», uma rede onde as pessoas comunicam, alargam as fronteiras dos seus conhecimento e das suas relações. Sublinho sobretudo estes aspectos positivos, apesar de todos estarmos cientes dos limites e fatores nocivos que também existem.

Neste contexto, independentemente das tecnologias, a comunicação na Igreja deve ter como objetivo inserir-se no diálogo com os homens e as mulheres de hoje, para compreender as suas expectativas, dúvidas, esperanças.

São homens e mulheres por vezes um pouco desiludidos por um Cristianismo que lhes parece estéril, com dificuldade precisamente em comunicar de forma incisiva o sentido profundo que a fé dá. Com efeito, analisou o Pontífice, assistimos hoje, na era da globalização, a um aumento da desorientação, da solidão, a dificuldade em tecer laços profundos. Assim, é importante saber dialogar, entrando, com discernimento, também nos ambientes criados pelas novas tecnologias, nas redes sociais, para fazer emergir uma presença que escuta, dialoga, encoraja.

“Não tenhais medo de ser esta presença, afirmando a vossa identidade cristã ao fazer-vos cidadãos deste ambiente. Uma Igreja companheira de estrada sabe pôr-se a caminho com todos!”, encorajou o Pontífice

Esta presença é necessária para levar ao encontro com Cristo. A Igreja é capaz disto?, questionou o Papa. “Também aqui no contexto da comunicação, é preciso uma Igreja que consiga levar calor, inflamar o coração. Temos um precioso tesouro para transmitir, um tesouro que gera luz e esperança. E há tanta necessidade disso!”, afirmou, alertando para uma cuidadosa e qualificada formação de sacerdotes, religiosos, religiosas e leigos.

Queridos amigos, é importante a atenção e a presença da Igreja no mundo da comunicação, para dialogar com o homem de hoje e levá-lo ao encontro de Cristo, na certeza, porém, de que somos meios e que o problema fundamental não é a aquisição de tecnologias sofisticadas, embora necessárias para uma presença atual e válida. Esteja sempre bem claro em nós que o Deus em quem acreditamos, um Deus apaixonado pelo homem, quer manifestar-Se através dos nossos meios, ainda que pobres, porque é Ele que opera, é Ele que transforma, é Ele que salva a vida do homem.

Fonte: Rádio Vaticana

3º Muticom da Diocese de Petrópolis reúne 70 agentes pastorais

“Comunicando a fé por meio da beleza da imagem”, este foi o tema abordado no 3º Mutirão de Comunicação (Muticom) da Diocese de Petrópolis. O evento acontece neste domingo, 22, no Seminário Diocesano Nossa Senhora do Amor Divino, reunindo cerca de 70 pessoas de toda a Diocese e também das Arquidioceses de Niterói e do Rio de Janeiro. 
O encontro contou com a presença do bispo diocesano, Dom Gregório Paixão, que presidiu a Santa Missa e apresentou a primeira palestra, sobre o tema “Comunicando a fé por meio da beleza”. Dom Gregório falou aos participantes sobre a missão da Pastoral da Comunicação (Pascom) de anunciar Cristo, sendo um sinal da beleza do Senhor. Ele incentivou os agentes pastorais a darem continuidade ao trabalho que realizam e a buscarem mais pessoas para colaborarem com essa obra.
De acordo com o assessor diocesano da Pascom, Diácono Marco Carvalho, com esse tema, Dom Gregório mostrou como é preciso se envolver cada vez mais com a beleza de Deus para comunicar Sua Palavra. “O belo atrai o homem. E comunicar a Igreja, a fé, através do belo significa aprofundar naquilo que queremos passar. E nossa mensagem quem é? É Cristo. Então, temos que nos aprofundar em Cristo, para transmiti-lo. Ele é o belo que temos na nossa Igreja”, assinalou.
Após a mensagem do bispo, muitos agentes pastorais se sentiram impulsionados para o trabalho em suas paróquias. “Achei o Muticom uma iniciativa ótima, porque, nós, como Pascom, temos que ter um caminho a seguir. E, hoje, tivemos a palavra do nosso pastor sobre como anunciar o belo, que é Jesus. Para mim, foi muito válido. E que venham vários outros”, expressou Isabel Cicchelli, da Paróquia Nossa Senhora da Piedade, de Magé.
Na parte da tarde, aconteceu uma oficina de fotografia, ministrada pelos fotógrafos Tamara Argon e Alexandre Faustino, que foi introduzida por uma palestra do coordenador diocesano da Pascom, Padre Alexandre Brandão. Ele falou sobre “Comunicação e imagem”.
“Façamos o homem à nossa imagem e semelhança” (Gn1,26). Partindo dessa afirmação, Padre Brandão lembrou que Deus quis colocar sua imagem na Terra e, para isso, criou o homem. “Todos os dias, com nossas, câmeras, matérias, o que queremos é dar uma continuidade a isso”, afirmou.
Além de um encontro de formação, o 3º Muticom foi uma oportunidade para trocas de experiências e contatos, promovendo maior comunhão entre os agentes pastorais, tanto da Diocese de Petrópolis quando dos visitantes de outros lugares. “Vou levar daqui muita experiência boa no que diz respeito à imagem. Ouvi e vi muita coisa que não tinha conhecimento sobre a utilização da imagem para a evangelização. E também vou levar os contatos para continuar fazendo essa troca de experiência”, disse Marco Wilson, da Paróquia Senhor do Bonfim, do Rio de Janeiro.
João Victor Caldas, da Paróquia Imaculada Conceição, de Raiz da Serra, chegou ao encontro com grande expectativa de aprendizado e saiu animado para atuar em comunhão com a Pascom diocesana. “Espero trabalhar em sincronia com a Diocese para fazer os trabalhos melhores e continuar ajudando na obra de Deus”, declarou.

sábado, 21 de setembro de 2013

Especialistas em comunicação debaterão no Vaticano o tema "A rede e a Igreja"

Quais os desafios e as oportunidades no campo da comunicação eclesiástica? Que significa viver em rede? A estas e a outras perguntas os participantes da Plenária do Pontifício Conselho das Comunicações Sociais (PCCS) tentarão responder a partir desta quinta-feira, 19 de setembro, no Vaticano.
Durante três dias, especialistas em comunicação de todo o mundo se reunião para analisar os passos realizados desde a última Plenária e definir critérios de ação para os próximos anos.
Os participantes se dividirão em grupos para analisar e responder a um quesito, proposto sempre em forma de interrogação. Depois, haverá a discussão geral.
Entre as perguntas, estão: Quais deveria ser as prioridades do PCCS? Quais sinergias existem entre as Igrejas locais? Que significa uma comunicação estratégica numa Igreja mais conectada?
A Plenária encerra-se no sábado, dia 21, com a audiência com o Papa Francisco.
Fonte: News.va

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Pascom de Petrópolis faz novena de São Gabriel via Facebook

No próximo dia 29 de setembro, a Igreja celebra a Festa dos Arcanjos. Preparando-se para esta data, a Pastoral da Comunicação da Diocese de Petrópolis realiza, a partir de sábado, 21, a novena de São Gabriel, padroeiro dos meios de comunicação. A iniciativa tem o objetivo de unir os agentes em oração pelas atividades da pastoral e de toda a Diocese. A novena será realizada através do Facebook da Pascom.
De acordo com o assessor diocesano da Pascom, diácono Marco Carvalho, fazer uso das redes sociais para promover esses momentos de oração é um facilitador para situações em que as pessoas se encontram fisicamente distantes. “As novas tecnologias são com certeza um facilitador para a prática de momentos de oração, individual ou em grupo. A velocidade com o avanço das redes sem fio, como Ipads, Iphones, smartphones, tornou esse meio ainda mais eficaz, pois o acesso é imediato”, observa.
Mas, ele ressalta que as tecnologias não podem substituir o contato pessoal. “Um ponto que requer uma atenção especial é a necessidade que temos de estar juntos, reunidos, onde a comunidade reza unida. O contato com as pessoas em um local próprio, o falar, o rezar juntos é uma prática da tradição da Igreja e que não pode ser substituída”.
Anunciadores como São Gabriel
Como padroeiro dos meios de comunicação, São Gabriel deixa aos agentes da Pascom um exemplo de mensageiro do Senhor. Para o diácono Marco Carvalho, o Arcanjo ensina a todos aqueles que atuam na pastoral a serem comunicadores da Palavra de Deus, que clamam pelo dom da sabedoria para poder “compreender bem e divulgar a Boa Nova”. Ele assinala que os agentes pastorais devem, antes de tudo, ouvir a voz de Deus, ou seja, ter uma vida de oração.
A novena é uma forma de estimular essa prática de espiritualidade. “Fazer uma novena significa em primeiro lugar uma maneira de exercitar a nossa fé, organizando o nosso dia, separando um tempo para esta oração”, explica o assessor da Pascom. Ele também aponta como objetivos da novena: ajudar a rezar e ter um contato com Deus e pedir por uma causa.
Para os agentes da Pastoral da Comunicação, que enfrentam a distância territorial entre si, realizar esses momentos de oração juntos é uma forma de incentivar a comunhão. “Em primeiro lugar, é estar em contato com Cristo: “…onde dois ou mais estiverem reunidos em meu nome, Eu estarei no meio deles (Mt 18,20)”. Estando unidos com Cristo, nós, agentes da Pascom, podemos viver e celebrar a unidade da Igreja, tendo em vista que no dia a dia da atuação da Pascom esses momentos de unidades se tornam difíceis devido a distância entre os agentes”, declara o diácono.

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Tuítes de Francisco vistos por 60 milhões

“Mais de 9 milhões e 300 mil seguidores e, graças aos retweets, pelo menos 60 milhões de pessoas alcançadas em smartphones e tablets pelos tweets do Santo Padre, sem falar nos 260 mil navegadores que nas várias línguas visitam as nossas páginas do portal www.news.va através do Facebook”. 

São as cifras recordes da presença do Papa Francisco nas redes sociais nos primeiros seis meses de Pontificado, um sucesso midiático que “poucos outros líderes a nível mundial podem atingir”, segundo afirmou o Presidente do Pontifício Conselho das Comunicações Sociais, Arcebispo Claudio Maria Celli. "Isto é evangelização, é proximidade, é partilha: isto que a Igreja quer ser", observou.

O prelado falou ao L’Osservatore Romano sobre o tema, às vésperas da Plenária do Dicastério que terá início em 19 de setembro e se concluirá no dia 21 com a Audiência com o Santo Padre.

"A partir de um estudo dos conteúdos, verificamos que as mensagens de maior sucesso são aquelas que apresentam o anúncio evangélico. O demonstram - acrescenta - também os comentários e interações com os visitantes do portal News.va, onde as páginas mais procuradas são aquelas que apresentam temas de espiritualidade, como por exemplo, aqueles pertinentes aos textos do Papa e dos Padres da Igreja. Neste sentido, eu diria que existe uma dimensão missionária no serviço que desenvolvemos, reconheceu Dom Celli. Neste setor, a nossa vocação de anúncio e as perspectivas da nossa comunicação se abrem ao mundo inteiro, com grande desejo de um diálogo respeitoso com todos, através uma mensagem válida e usando uma linguagem facilmente compreensível".

“Decidimos então analisar a ligação entre ‘a Rede e a Igreja’ – explicou Dom Celli – a propósito dos trabalhos da assembléia. Para compreender os motivos desta escolha é necessário dar um pequeno passo atrás, a Bento XVI, que na sua última mensagem para o Dia Mundial das Comunicações Sociais falou amplamente da rede num sentido positivo e desejando uma presença profundamente evangelizadora da Igreja na WEB”.

"A decisão de Bento XVI de usar o Twitter - acrescentou - foi profética, pois nos permite chegar a todos os cantos do mundo. A isto acrescenta-se a capacidade do Papa Francisco de comunicar através breves mensagens, que tornam-se pílulas de sabedoria, de luz, de verdade, pílulas de espiritualidade".

Fonte: Rádio Vaticana

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Novas tecnologias ajudam a conhecer a Bíblia, diz bispo

Acessar a Bíblia no celular, fazer pesquisas sobre temas bíblicos na internet, participar de fóruns de debate sobre a Sagrada Escritura. Esses são avanços tecnológicos que configuraram novos hábitos e modos de conhecer a Palavra de Deus.  A rede e as ferramentas hoje disponíveis criaram um “espaço” propício à propagação do Evangelho.
O documento “Igreja e internet”, do Pontifício Conselho para as Comunicações, afirma que os católicos  “não devem ter medo de abrir as portas da comunicação social a Cristo, de tal forma que a sua Boa Nova possa ser ouvida sobre os telhados do mundo”. O documento enfatiza  o vasto alcance destes  meios e sua popularidade.
Uma realidade incentivada pelo presidente regional da Comissão para a animação  Bíblico Catequética, da CNBB, Dom Vilson Dias de Oliveira.  “As novas tecnologias são fantásticas (…),  abrem portas para que as pessoas possam crescer no amor à Palavra de Deus”. O bispo acredita que, principalmente para os jovens, estes meios, estimulam. “Conheço inúmeros jovens que carregam a Bíblia, o Catecismo e muitos outros documentos da Igreja em seus smartphones”.
A jovem universitária Gabrielle Sanchotene já se rendeu a essas facilidades. “Geralmente, carrego o tablet ou celular para onde vou, e isso possibilita que eu aproveite o tempo livre para estar em contato com a Palavra de Deus” . Por meio das redes sociais,  a jovem procura partilhar o que aprendeu no estudo Bíblico, evidenciando a interação e instantaneidade dos novos dispositivos.
“A utilização desses meios é irreversível e devemos nos adequar a eles”, afirma o sacerdote da Comunidade Canção Nova, padre Arlon Cristian. Ele “leva” no tablet a Bíblia, o catecismo da Igreja Católica, livros de estudo, além de acessar a internet para pesquisa. Porém, alerta: “Nós temos de dominar estes dispositivos e não deixar que eles nos dominem, nos distraiam”.
Essa é uma preocupação apontada também por Dom Vilson. “Na catequese, por exemplo, no encontro de jovens, posso usar os aplicativos para atrair a atenção da garotada, mas durante um retiro será conveniente? (…) O ser humano se distrai facilmente, perde o foco”, explica.
O bispo comenta sobre o uso de dispositivos móveis durante a Missa. “Posso tomar contato com a liturgia diária através do meu smartphone, mas devo fazer isso antes de ir à Missa, ou logo que chegar à igreja. No momento em que a Missa começa, minha atenção deve estar voltada para aquele momento”, ensina Dom Vilson.
O acesso à Bíblia proporcionado pelos novos meios ajudam no crescimento da fé, aponta o documento “Igreja e Internet”, desde que usados de modo correto. “Não adianta você ter o melhor carro e não saber dirigir, como não resolve ter a melhor cozinha do mundo, a mais equipada, e não saber cozinhar. É importante que as pessoas interessadas em conhecer melhor a Palavra estejam ligadas à comunidade, ao corpo da Igreja”, conclui Dom Vilson.
Fonte: Canção Nova

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Vale a pena usar redes sociais que atacam abertamente os católicos?

É preciso seguir adiante com a evangelização por meio do Facebook, para viver o compromisso missionário também no continente digital


O desenvolvimento histórico da Igreja manifesta, nas diferentes épocas, diversos meios de levar a cabo a evangelização.

A mensagem para a Jornada Mundial da Juventude deste ano destacou a necessidade de viver o compromisso missionário no chamado "continente digital". Mas é preciso saber usar com sabedoria este meio, considerando também seus possíveis riscos, como a dependência, o confundir o mundo real com o virtual, substituir o encontro e o diálogo direto com as pessoas pelos contatos na internet etc.

Outro âmbito de evangelização é o da mobilidade. Hoje, são muitos os jovens que viajam, por motivos de estudo, trabalho ou diversão. Mas existem também os movimentos migratórios: estes fenômenos podem se tornar oportunidades providenciais para a difusão do Evangelho.

Após a Jornada, eu gostaria de analisar brevemente a realização desta evangelização. Nosso ponto de referência para esta reflexão será o primeiro elemento da mensagem para a JMJ: a "evangelização web".

É significativo que o então Papa tenha destacado a internet como um areópago moderno no qual a evangelização deve ser levada a cabo, principalmente pelos jovens, por serem eles os que mais interagem nela.

Não podemos nos esquecer que esta tarefa não pode se desvincular do mundo real, da salvação eterna das almas de todos e cada um dos homens aos quais podemos chegar com a mensagem do Evangelho.

Desde que o Papa lançou este comprometedor convite, surgiram grandes iniciativas apostólicas no mundo digital, especialmente no Facebook. E alguns perguntaram se valia a pena que os católicos continuassem usando tal rede social, dado que nela há muitos ataques à fé católica.

Antes de fazer perguntas tão exageradas, precisamos lembrar que o uso da internet implica, evidentemente, um trabalho no mundo, neste mundo que perseguiu e martirizou milhares de cristãos em todas as épocas da Igreja.

Aqui, estamos falando apenas de ataques contra a fé, que não podem nos faltar, porque, se vivêssemos permanentemente em paz em nossa proclamação do Evangelho, isso seria sinal de que nossa pregação não é cristã, pois, como disse Jesus no Evangelho de São João, "se me perseguiram, também vos perseguirão".

Algumas páginas católicas, diante dos ataques, acabaram sendo excluídas pelos seus criadores, mas aqui surge a pergunta: o bem que se fez por meio destas obras não foi maior que o mal padecido quando elas deixaram de existir?

Há algum tempo, o Papa Francisco nos recordava que uma árvore que cai faz mais barulho que um bosque que cresce. Tertuliano repetia que o sangue dos mártires é semente de novos cristãos. E nós poderíamos dizer também: a anulação de um apostolado tem de ser semente de novas e maiores obras evangelizadoras. Assim pensam os verdadeiros cristãos.

Há aspectos negativos, mas podemos ver o lado positivo também, pois, a cada dia, a Igreja se estende mais, é mais conhecida tal como ela é, graças a todos aqueles que, dia a dia, contribuem com seu grãozinho de areia na internet.

Há páginas católicas excelentes no Facebook, e cabe a nós seguir adiante com estas obras; e se uma delas cai, levantemos sete novas, pois, com ou sem dificuldades, Cristo deve ser anunciado.

E aqueles que desejam ajudar nesta missão, além de beneficiar-se dela, mas não têm tempo ou conhecimentos suficientes para contribuir com algum site, também podem ser grandes evangelizadores promovendo tais páginas entre seus contatos, curtindo seus posts e compartilhando os bons artigos que são publicados.

A messe é grande e não podemos ficar de braços cruzados, esperando que o demônio e seus sequazes trabalhem nos lugares em que nós também podemos atuar.

Por isso, mãos à obra, recordando que a união faz a força, e que o amor é sempre mais forte que o ódio. No final das contas, por mais que tenhamos de nos desgastar nesta missão, a recompensa que nos espera no céu é excelente.

Fonte: Aleteia

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Os jovens e a internet

Análise do documento A Igreja e a Internet que ainda não perdeu atualidade
Santiago Casanova Miralles
Não faz muito tempo que encontrei o documento “A Igreja e a Internet”, publicado pelo Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais nada menos que em 2002! Eu o considero um documento imprescindível para se entender a postura da Igreja diante da realidade da rede mundial de computadores e das redes sociais. Depois, é verdade, o papa Bento XVI e agora Francisco deram uma continuidade intensa a este assunto.
Não vou focar em muitos dos pontos do documento. Há muito ali que vale a pena! Mas quero dedicar hoje algumas linhas à sua parte final, às recomendações aos dirigentes eclesiais, aos agentes pastorais, aos catequistas e educadores, aos pais e, finalmente, aos jovens e crianças. É nestes últimos que eu quero concentrar a minha atenção.
A Igreja é muito clara com os jovens e com os seus formadores quanto à internet e às redes sociais: “A internet põe ao alcance dos jovens, numa idade inusualmente precoce, uma imensa capacidade de fazer o bem ou o mal, a si mesmos e aos outros”.
A Igreja conclama os jovens a usar a internet adequadamente, a se enriquecerem com ela e a enriquecer a vida de outros, a se prepararem com responsabilidade para o seu futuro e a usá-la como meio privilegiado para fazer o bem. Não só isso: a Igreja chama os jovens a irem contra a corrente, a exercerem a contracultura e a se prepararem para ser perseguidos por defender o que é verdadeiro e bom também nesse meio de comunicação. A abordagem é forte.
O que a Igreja pede não é automático. Precisa de discernimento, educação, formação e também da força do Espírito. Este último requisito só pode ser pedido incessantemente na oração e na prática de uma vida cristã plena, em comunidade e participando-se dos sacramentos. Os demais requisitos requerem apenas determinação e mãos à obra.
Discernimento: nossos jovens devem saber discernir o que é bom e o que é mau, o que lhes convém e o que não convém. Discernir quais fotos compartilhar, que mensagens publicar. Discernir o que retuitar e a quem seguir. Discernir que sites visitar. Discernir quando falar e quando calar. Discernir a sua tarefa concreta como cristãos na rede, seu chamado particular, sua missão. Discernir o que Jesus Cristo faria em cada situação que surge. Essa tarefa exige aprendizagem, escuta e silêncio. Para discernir, é preciso ter aprendido previamente a fazê-lo. Por isso é necessária a nossa ajuda. Educadores, pais e catequistas precisam acompanhar os jovens, viver perto deles o ato de “estar” na internet e nas redes sociais, além de ajudá-los a fazer o mesmo fora da internet e a transformar o discernimento em uma constante na vida.
Educação: antes, nossos pais nos ensinavam como nos comportar e agir na rua, no colégio, em casa… Não falar com estranhos, que situações evitar, como respeitar os mais velhos, a autoridade… Agora, tudo isto continua sendo feito (quando é feito), mas ainda não encaramos devidamente a questão da rede. Quem educa para estar na rede? Quem explica aos jovens e às crianças com quem relacionar-se? Quem fala da amizade nas redes e conhece os amigos dos nossos jovens nas redes? Quem ensina a eles como agir em caso de ataque, como defender o mais frágil, como levantar a mão quando necessário? Há uma lacuna a ser preenchida de forma urgente. E é imprescindível, para isso, que pais, educadores e catequistas se portem na rede com soltura, entendendo os seus recursos.
Formação: a internet é um “lugar” com uma potencialidade enorme. É preciso conhecê-lo. Não basta estar: é preciso conhecer o seu funcionamento, suas regras, as leis que a regulam, as implicações de um deslize, os detalhes da privacidade, as marcas que são deixadas quando se navega pelos seus labirintos… Nossos jovens só serão boas testemunhas do evangelho se forem prudentes como serpentes e simples como as pombas. Não basta apenas a boa vontade, a ingenuidade. Quando um jovem quer dirigir, ele recorre à autoescola. Quando queremos trabalhar, passamos pela formação profissional. Não pode ser diferente aqui. E já que esta formação para a rede, por enquanto, não é abordada nos programas normais de estudo, é necessário sermos audazes e fazermos propostas criativas para formar os nossos.
A internet é uma tarefa e uma missão para todos. A Igreja nos pede presença, e presença como católicos. Não basta compartilhar frases bonitas no Facebook ou tuitar versículos do salmo do dia. Não basta querer estar. Se não se sabe discernir e não se está formado, não se é um cristão útil. A rede nos devorará.
Não podemos abandonar os jovens neste caminho difícil. Abandoná-los seria claudicar e não seguir as diretrizes da Igreja. Como disse um dia o papa Paulo VI, cada um deverá responder diante de Deus pelas suas ações também nos meios de comunicação. Sejamos valentes. Não temos desculpas.
Fonte: Zenit

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Muticom de Petrópolis terá oficina de fotografia

Com o tema “Comunicando a fé por meio da beleza da imagem”, o 3º Muticom da Diocese de Petrópolis vai oferecer aos participantes uma oficina de fotografia durante toda a tarde do dia 22 de setembro. Os fotógrafos Tamara Argon e Alexandre Faustino vão ministrar esse curso. Os dois colaboram com a Pastoral da Comunicação. Além disso, partilham do mesmo amor pela arte de fotografar.

“A fotografia, para mim, tem um encanto em particular. Ela paralisa os momentos para que eles possam ser vividos sempre que retornamos à imagem. E, paralisar um momento vivido dentro da Igreja, no contato com Deus, é uma forma de renovar a minha fé, esse é o mistério”, declara Tamara.

“Eu vejo a fotografia como o meio único de gravar o momento exato da ação de Deus na vida das pessoas, aquele ponto da história que as pessoas necessitam para lembrar o quanto a vida é bela e que lindos momentos Deus a proporcionou”, afirma Alexandre.

O dom para fotografia desses profissionais é colocado a serviço da Igreja por meio da Pascom. Alexandre atua no Santuário Diocesano Nossa Senhora do Amor Divino e colabora em alguns eventos diocesanos. “Religião Católica e fotografia, Deus age e nós registramos. Tem ato mais importante que este para um fotógrafo? Depois, poder mostrar para aqueles que não puderam estar na hora da ação de Deus como ser Católico é importante, viver uma Igreja sincera, feliz”, expressa o profissional.

Tamara fotografa os grandes eventos da Diocese e também ajuda na edição das imagens para a página no Flickr. Para ela, essa atividade é uma forma de compartilhar com as demais pessoas a sua fé. “É uma satisfação muito grande poder mostrar através dos meus registros, uma fé que prego, uma realidade que vivo, e deixar a comunidade interpretar aquilo que registrei. Cada um tem uma visão diferenciada, dando à minha imagem outra interpretação da que foi registrada”, assinala.

Para eles, estar no próximo Muticom também será uma forma de dividir com os outros seus conhecimentos sobre fotografia e essa visão da imagem como forma de comunicar a beleza da fé. “Espero que seja um encontro de grande crescimento e troca de experiência, pois assim, a nossa Diocese sairá ganhando”, diz Tamara. “Espero que o Muticom Diocesano possa com minhas fotos divulgar para todos que Deus existe e esta no meio de nós. E acho que esta experiência vai ser de grande valor, tanto para nós quanto para Igreja. E que também possamos juntos dar início a um lindo trabalho e mostrar para outros profissionais como eles são importantes para a Igreja”, diz Alexandre.

O 3º Muticom será no dia 22 de setembro, no Seminário Diocesano Nossa Senhora do Amor Divino, entre 9h e 18h. As inscrições podem ser feitas pelo e-mail: pascom@diocesepetropolis.org.br.