Em seu discurso, o Papa falou da importância da comunicação para a Igreja, recordando de modo especial os 50 anos da aprovação do Decreto Conciliar Inter mirifica. Nas últimas décadas, analisou, os meios de comunicação evoluíram muito, mas a solicitude permanece, assumindo novas sensibilidades e formas.
Pouco a pouco o panorama da comunicação foi-se tornando, para muitos, um «ambiente de vida», uma rede onde as pessoas comunicam, alargam as fronteiras dos seus conhecimento e das suas relações. Sublinho sobretudo estes aspectos positivos, apesar de todos estarmos cientes dos limites e fatores nocivos que também existem.
Neste contexto, independentemente das tecnologias, a comunicação na Igreja deve ter como objetivo inserir-se no diálogo com os homens e as mulheres de hoje, para compreender as suas expectativas, dúvidas, esperanças.
São homens e mulheres por vezes um pouco desiludidos por um Cristianismo que lhes parece estéril, com dificuldade precisamente em comunicar de forma incisiva o sentido profundo que a fé dá. Com efeito, analisou o Pontífice, assistimos hoje, na era da globalização, a um aumento da desorientação, da solidão, a dificuldade em tecer laços profundos. Assim, é importante saber dialogar, entrando, com discernimento, também nos ambientes criados pelas novas tecnologias, nas redes sociais, para fazer emergir uma presença que escuta, dialoga, encoraja.
“Não tenhais medo de ser esta presença, afirmando a vossa identidade cristã ao fazer-vos cidadãos deste ambiente. Uma Igreja companheira de estrada sabe pôr-se a caminho com todos!”, encorajou o Pontífice
Esta presença é necessária para levar ao encontro com Cristo. A Igreja é capaz disto?, questionou o Papa. “Também aqui no contexto da comunicação, é preciso uma Igreja que consiga levar calor, inflamar o coração. Temos um precioso tesouro para transmitir, um tesouro que gera luz e esperança. E há tanta necessidade disso!”, afirmou, alertando para uma cuidadosa e qualificada formação de sacerdotes, religiosos, religiosas e leigos.
Queridos amigos, é importante a atenção e a presença da Igreja no mundo da comunicação, para dialogar com o homem de hoje e levá-lo ao encontro de Cristo, na certeza, porém, de que somos meios e que o problema fundamental não é a aquisição de tecnologias sofisticadas, embora necessárias para uma presença atual e válida. Esteja sempre bem claro em nós que o Deus em quem acreditamos, um Deus apaixonado pelo homem, quer manifestar-Se através dos nossos meios, ainda que pobres, porque é Ele que opera, é Ele que transforma, é Ele que salva a vida do homem.
Fonte: Rádio Vaticana
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