quinta-feira, 29 de novembro de 2012

O Papa no Twitter: Bento XVI poderá ser seguido na rede social


O Papa Bento XVI vai entrar no Twitter. Todas as informações sobre o assunto serão anunciadas na próxima segunda, 3 de dezembro, em uma coletiva a ser realizada na Sala de Imprensa da Santa Sé.
Participarão da coletiva o Arcebispo Claudio Maria Celli, presidente do Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais, Dom Paul Tighe, secretário do mesmo dicastério, padre Federico Lombardi, diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, o diretor do “L’Osservatore Romano”, Gian Maria Vian e “Media Advisor” da secretaria de Estado, Greg Burke.
Twitter é uma rede social que permite aos usuários enviar e receber atualizações pessoais e informações em pequenos textos com menos de 140 caracteres via SMS, mensageiro instantâneo, e-mail, site oficial ou programa especializado, em tempo real. O usuário pode seguir qualquer conta que lhe interessar.
O Papa já utilizou os 140 caracteres do Twitter, quando em junho de 2011, lançou o portal de informação do Vaticano www.news.va, com as palavras: “Queridos amigos, eu apenas dei início ao www.news.va. Louvado seja Jesus Cristo! Com minhas orações e bênçãos, Benedictus XVI “.
Fonte: Zenit

A história das redes sociais: como tudo começou

Conheça um pouco mais sobre como surgiram esses serviços que hoje são tão utilizados para conectar as pessoas.


A história das redes sociais: como tudo começou 
(Fonte da imagem: Reprodução/Shutterstock)

Com a popularização da internet a partir dos anos 2000, outro tipo de serviço de comunicação e entretenimento começou a ganhar força: as redes sociais. Atualmente, a variedade de produtos desse mercado é enorme, apresentando inclusive categorias com públicos bem segmentados (alguns deles um tanto quanto bizarros).

Com alternativas que vão muito além de apenas Facebook, Twitter, Orkut e MySpace, nós temos gastado cada vez mais tempo do nosso dia interagindo com outras pessoas através das redes sociais. Para você ter uma noção do que estamos falando, uma pesquisa da ComScore, realizada este ano, revelou que os quase 1 bilhão de usuários da rede de Mark Zuckerberg gastam 405 minutos por mês acompanhando os seus perfis.

Mas você tem ideia de quando e como as redes sociais surgiram? Quais foram os serviços pioneiros ou o que podemos esperar desses serviços daqui para frente? Neste artigo, nós vamos responder a esses e outros questionamentos. Boa leitura e aproveite para compartilhar o link deste texto com seus amigos e familiares por seus perfis!


Os primórdios da sociabilidade virtual


Antes de nos aprofundarmos na história das redes sociais, precisamos ao menos citar a direta relação desses serviços com as mídias sociais, um grupo maior de mecanismos com os quais as pessoas são capazes de compartilhar informações, imagens, vídeos e arquivos de áudio.
A história das redes sociais: como tudo começou
(Fonte da imagem: Reprodução/Shutterstock)


Obviamente, essas atividades são extremamente simples quando pensamos nas suas execuções através dos parâmetros de internet que temos hoje em dia. Contudo, algumas delas eram possíveis muito antes do “boom” da rede mundial de computadores.

Primeiros passos


Os primeiros relatos de serviços que possuem características de sociabilizar dados surgem no ano de 1969, com o desenvolvimento da tecnologia dial-up e o lançamento do CompuServe — um serviço comercial de conexão à internet em nível internacional muito propagado nos EUA.

Outro passo importante nessa evolução foi o envio do primeiro email em 1971, sendo seguido sete anos mais tarde pela criação do Bulletin Board System (BBS), um sistema criado por dois entusiastas de Chicago para convidar seus amigos para eventos e realizar anúncios pessoais. Essa tecnologia usava linhas telefônicas e um modem para transmitir os dados.


Aproximando-se do que conhecemos hoje


Os anos seguintes, até o início da década de 90, foram marcados por um grande avanço na infraestrutura dos recursos de comunicação. Por exemplo, em 1984 surgiu um serviço chamado Prodigy para desbancar o CompuServe — feito alcançado uma década depois.
A história das redes sociais: como tudo começou 

(Fonte da imagem: Reprodução/iStock)

Contudo, o fato mais marcante desse período foi quando a America Online (AOL), em 1985, passou a fornecer ferramentas para que as pessoas criassem perfis virtuais nos quais podiam descrever a si mesmas e criar comunidades para troca de informações e discussões sobre os mais variados assuntos. Anos mais tarde (mais precisamente 1997), a empresa implementou um sistema de mensagens instantâneas, o pioneiro entre os chats e a inspiração dos “menssengers” que utilizamos agora.


Seguir, compartilhar, curtir e muito mais


Enfim, as redes sociais...


O ano de 1994 marca a quebra de paradigmas e mostra ao mundo os primeiros traços das redes sociais com o lançamento do GeoCities. O conceito desse serviço era fornecer recursos para que as pessoas pudessem criar suas próprias páginas na web, sendo categorizadas de acordo com a sua localização. Ele chegou a ter 38 milhões de usuários, foi adquirido pela Yahoo! cinco anos depois e foi fechado em 2009.

Outros dois serviços foram anunciados em 1995 — esses com características mais claras de um foco voltado para a conectividade entre pessoas. O The Globe dava a liberdade para que seus adeptos personalizassem as suas respectivas experiências online publicando conteúdos pessoais e interagindo com pessoas que tivessem interesses em comum.

A história das redes sociais: como tudo começou 

(Fonte da imagem: Reprodução/Shutterstock)

Por sua vez, o Classmates visava disponibilizar mecanismos com os quais os seus usuários pudessem reunir grupos de antigos colegas de escola e faculdade, viabilizando troca de novos conhecimentos e o simples ato de marcar reencontros. Essa rede social ultrapassou 50 milhões de cadastros e sobrevive até hoje, mas com um número menor de participantes.


Acompanhando o “boom”


Por volta dos anos 2000, a internet teve um aumento significativo de presença no trabalho e na casa das pessoas. Com isso, as redes sociais alavancaram uma imensa massa de usuários e a partir desse período uma infinidade de serviços foram surgindo.

Em 2002, nasceram o Fotolog e o Friendster. Esse primeiro produto consistia em publicações baseadas em fotografias acompanhadas de ideias, sentimentos ou o que mais viesse à cabeça do internauta. Além disso, era possível seguir as publicações de conhecidos e comentá-las. O Fotolog ainda existe, tem cerca de 32 milhões de perfis, já veiculou mais de 600 milhões de fotos e está presente em mais de 200 países.

Por sua vez, o Friendster foi o primeiro serviço a receber o status de “rede social”. Suas funções permitiam que as amizades do mundo real fossem transportadas para o espaço virtual. Esse meio de comunicação e socialização atingiu 3 milhões de adeptos em apenas três meses — o que significava que 1 a cada 126 internautas da época possuía uma conta nele.

A história das redes sociais: como tudo começou 

(Fonte da imagem: Reprodução/Shutterstock)

Em seguida, ao longo de 2003, foram lançados o LinkedIn (voltado para contatos profissionais) e o MySpace (que foi considerado uma cópia do Friendster). Ambos ainda estão no ar e com um uma excelente reputação. Atualmente, o LinkedIn conta com mais de 175 milhões de registros (sendo 10 milhões deles brasileiros) e o MySpace marca 25 milhões apenas nos EUA — embora esse número já tenha sido maior.


Anos vindouros


Eis que chegamos à época em que as redes sociais caíram no gosto dos internautas e viraram máquinas de dinheiro. 2004 pode ser considerado o ano das redes sociais, pois nesse período foram criados o Flickr, o Orkut e o Facebook — algumas das redes sociais mais populares, incluindo a maior de todas até hoje.

Similar ao Fotolog, o Flickr é um site para quem adora fotografias, permitindo que as pessoas criem álbuns e compartilhem seus acervos de imagens. Atualmente, aproximadamente 51 milhões de pessoas usufruem de seus recursos.

O Orkut dispensa apresentação. A rede social da Google foi durante anos a mais usada pelos internautas brasileiros, até perder seu título para a criação de Mark Zuckerberg em dezembro de 2011. Um dos levantamentos mais recentes aponta que cerca de 29 milhões de pessoas ainda o utilizam.

A história das redes sociais: como tudo começou 
(Fonte da imagem: Reprodução/Shutterstock)

Apesar de ter sido criado em 2004, dentro do campus da Universidade de Harvard, o Facebook só chegou à grande massa de usuários no ano de 2006. De lá para cá, a rede social é sinônimo de sucesso e crescimento (inclusive em terras tupiniquins), superando a incrível marca de 908 milhões de pessoas cadastradas. Hoje, a marca está avaliada em US$ 104 bilhões.

Um dos grandes desejos de Zuckerberg é comprar o Twitter, o microblog revelado em 2006 e que atualmente é aquele que mais chega perto do Facebook em número de adeptos, tendo 500 milhões de registros — embora a estimativa é de que “apenas” 140 milhões o utilizam com frequência.

A mais recente rede social a entrar nessa complicada disputa é o Google+, um dos mais novos serviços da gigante de Mountain View. Lançado oficialmente em 2011, esse serviço tem por volta de 400 milhões de inscritos (somente 25% deles estão ativos). Embora ainda esteja muito longe de assustar o líder do segmento, a Google não tem poupado investimentos e esforços para que o seu produto cresça. Contudo, por enquanto, ele ainda não vingou e o volume de informações compartilhado pelo Google+ ainda é relativamente baixo.

O que podemos esperar das redes sociais


E quais seriam os próximos passos das redes sociais? Relatórios recentes apontam que esse tipo de serviço atrai mais de 1 bilhão de pessoas, o que representa cerca de um sétimo da população total do planeta. Isso significa que os sites de relacionamento ainda têm muito para crescer.

Além disso, alguns especialistas em mídias sociais acreditam que o futuro dos serviços de comunicação e interação está em produtos de código aberto, como a Diaspora. Essa rede social, a qual você também pode ajudar a desenvolver, surgiu como uma alternativa mais segura para o Facebook.

No início, apenas um grupo seleto de pessoas teve acesso ao serviço de relacionamento, mas no final do ano passado ele liberou um número bem maior de convites. Contudo, o site ainda não decolou e, ao que parece, pode estar sendo substituído por um site de compartilhamento de memes, o Makr.io.


Leia mais em: http://www.tecmundo.com.br/redes-sociais/33036-a-historia-das-redes-sociais-como-tudo-comecou.htm#ixzz2Df9eroMz

Fonte: TecMundo

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Encontro virtual da RIIAL, Pe. Clóvis explica a finalidade da rede


(RV) - RealAudioMP3O Pontifício Conselho das Comunicações Sociais (PCCS) e o Conselho Episcopal Latino-Americano (CELAM), com o Comitê da Rede Informática da Igreja na América Latina (RIIAL), promovem nesta sexta-feira, 23, um encontro virtual em nível continental, com o tema “Viver e transmitir a fé nas redes sociais”.
A finalidade do encontro é compartilhar as experiências e as iniciativas mais recentes promovidas na América Latina sobre este tema, e elaborar juntos a agenda para o próximo ano de 2013.
O encontro virtual da RIIAL será realizado no final da tarde e terá a participação do Presidente do Pontifício Conselho, Dom Claudio Maria Celli, e do Presidente do Departamento de Comunicação do CELAM, Dom Adalberto Martinez.
Sobre a RIIAL nós conversamos com o Assessor de Comunicação da CNBB, Pe. Clóvis Andrade.

Signis Brasil e representantes das TVs Católicas estudam a TV Digital


SignisTVDigital2012
Cumprindo a sua missão de animar, unir e congregar todos os meios de comunicação católicos, a Signis Brasil realizou na quarta-feira, 21 de novembro, o último encontro de 2012 com os representantes das TVs Católicas, com a presença do presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação da CNBB, dom Dimas Lara Barbosa. A reunião foi realizada em São Paulo (SP).

Estavam presentes os representantes da TV Século XXI, Rede Vida de Televisão, TV Imaculada Conceição, TV Aparecida, TV Canção Nova e TV Evangelizar. A pauta do encontro foi a digitalização da televisão no Brasil, com a assessoria do engenheiro Olímpio José Franco, novo presidente da Sociedade de Emissoras de Televisão (SET).

Os participantes também discutiram os preparativos para a cobertura da Jornada Mundial da Juventude Rio 2013, em que cada emissora já tem a sua tarefa com o seu grupo. A presidente da Signis Brasil, Ir. Helena Corazza, falou aos presentes sobre a visita do Secretário Adjunto de Signis Mundial, Ricardo Yañez.

A assessora da Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação, Ir. Élide Fogolari, explicou o andamento da elaboração do Diretório de Comunicação da Igreja no Brasil, que está agora na fase de consultas e deverá ser apreciado pelo episcopado na próxima Assembleia Geral da CNBB. Os participantes também trataram dos preparativos para o 8º Mutirão de Comunicação, em Natal (RN) e a Primeira Assembleia de Signis Brasil.

Fonte: CNBB

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Transmitir a fé através das redes sociais: um encontro "virtual" para o Ano da Fé

O Pontifício Conselho das Comunicações Sociais (PCCS) e o Conselho Episcopal Latino-Americano (CELAM), com o Comitê da Rede Informática da Igreja na América Latina (RIIAL), promovem um encontro virtual em nível continental, com o tema “Viver e transmitir a fé nas redes sociais”.

A finalidade do encontro é compartilhar as experiências e as iniciativas mais recentes promovidas na América Latina sobre este tema, e elaborar juntos a agenda para o próximo ano de 2013.

O encontro virtual da RIIAL será realizado no dia 23 de novembro, sexta-feira, das 16h às 19h (horário de Roma). Terá a participação do Presidente do Pontifício Conselho, Dom Claudio Maria Celli, e do Presidente do Departamento de Comunicação do CELAM, Dom Adalberto Martinez.

Tratando-se de um encontro virtual por meio do portal episcopo.net, é necessário reservar a própria participação no endereço riial@pccs até 21 de novembro, para obter as informações sobre o acesso.

Fonte: Rádio Vaticana

Os jovens e os meios de comunicação social

Nos dias atuais, é impossível não perceber a importância e a centralidade que os meios de comunicação social conquistaram em nossa sociedade, sobretudo quando associados à globalização.

No próximo ano, o tema do Dia Mundial das Comunicações será “Redes sociais: portais de verdade e de fé; novos espaços de evangelização”. A Igreja tem acompanhado, com uma boa proximidade, o desenvolvimento da mídia em nosso tempo e com belos e importantes documentos. Agradecemos a Deus pelo decreto “Inter Mirifica” do Concílio Vaticano II, que no próximo ano completará 50 anos de sua promulgação. Sabemos que depois desse documento conciliar bastante sucinto, desencadeou-se um belo e importante trabalho da Igreja com relação aos Meios de Comunicação Social.

Para a Igreja, que neste Ano da Fé esforça-se no objetivo de enfatizar a importância da Fé como dom sobrenatural, por meio do qual nos comunicamos de maneira interpessoal com Deus, é imprescindível uma justa reflexão acerca de dois pontos fundamentais por meio dos quais a vivência da Fé é destacada em nossa sociedade: a juventude e os meios de comunicação. Daí vem o tema escolhido pelo Papa, que vê nas redes sociais oportunidade de ser portal da fé, da verdade e espaço de evangelização.

A juventude possui uma devida centralidade pelo fato de nela se concentrarem as esperanças da Igreja em um mundo melhor, onde os valores cristãos sejam fundamental e espontaneamente vivenciados e haja uma cultura sempre baseada na revelação do amor de Deus, que enviou o Seu Filho Jesus Cristo para salvar a humanidade. Os nossos jovens, por isso, são o retrato da nossa sociedade, que se constrói para o amanhã novo, e essa certeza faz com que confiemos a eles a missão de serem discípulos e missionários da nova evangelização que queremos realizar. Por esta razão, dar ênfase ao futuro da Fé Cristã como algo que se concretiza na figura da juventude faz parte justamente do que objetiva o Santo Padre Bento XVI, quando proclama a vivência de um ano todo dedicado à vivência testemunhante da Fé.

Os meios de comunicação social, por sua vez, uma vez conectando milhões de pessoas nos quatros cantos da face da terra, são capazes de promover e levar a cabo a mensagem cristã de maneira a alcançar um sempre crescente número de pessoas a quem tal mensagem toque, sensibilize e permita a Cristo chegar ao interior dos seus corações. Por isso, o interesse da Igreja pelos meios de comunicação social sempre possuiu um particular relevo, seja quando ilumina com as orientações éticas, seja quando os utiliza para anunciar a vida em Cristo. Por meio dessas maravilhosas invenções técnicas pode contribuir para a comunicação global e para que diversas necessidades humanas fossem sanadas, e pode, sobretudo, contribuir para a necessidade do homem de ir ao encontro com Deus.

Desta forma, como pastores da Igreja, temos diante de nossos olhos a necessidade de aproximar a juventude cristã e os meios de comunicação social e fazer deles instrumentos os mais eficazes possíveis na missão de alavancar a propagação da Fé na perspectiva de uma autêntica e nova evangelização, como bem recorda o tema do próximo Dia Mundial das Comunicações.

Porém, o grande segredo para que os meios sejam bem utilizados e sirvam para anunciar a vida, a verdade e a fé supõe que a pessoa que os utilizam seja alguém bem formado e orientado como cristão, com suas convicções claras.

Certamente, os novos e sofisticados meios de comunicação social que temos hoje são de pleno domínio da nossa juventude. A geração “z”, dizem, já nasce com o dedo no teclado. A Internet revolucionou a comunicação e contribuiu largamente para estreitar as fronteiras entre nações e continentes e instaurou a consciência de globalização. Ela, com seus sites de relacionamento social, é capaz de transmitir mensagens, pensamentos, ideias, imagens e tipos de conteúdos os mais variados possíveis e sobre diversos assuntos e com isso fazê-los chegar a um número incomensurável de pessoas. Que o digam também os modernos recursos de comunicação presentes nos smartphones, em que é possível sempre armazenar tanto conteúdos audiovisuais quanto escritos de fácil acesso e divulgação, por meio dos quais seria muito importante levar adiante a mensagem do Evangelho. Antigamente as pessoas iam ao computador para utilizar a internet. Hoje, a pessoa leva consigo o computador e toda uma convergência de mídias em suas mãos.

Diante dessa constatação, cabe à nossa juventude, sempre tão conectada e imersa na interatividade que a internet lhe proporciona, levar ainda mais a mensagem cristã ao mundo e com isso “conectar” o mundo a Cristo. É muito interessante ver como as “redes sociais” levam ideias e mensagem cristãs. É claro que o meio eletrônico não substitui o presencial, pois necessitamos de uma vida em comunidade. Mas, ao “compartilhar” Cristo com todos aqueles a quem podemos atingir por meio de nossos “cliques” deve levá-los a uma participação presencial em nossas comunidades e ao entusiasmo pelo Cristo como Salvador. Que a juventude de hoje, que é digitalmente nativa, tenha a alegria da fé e a anuncie à sua maneira para os seus coetâneos.

Constata-se hoje, também, que a Internet está contribuindo para promover transformações revolucionárias no comércio, na educação, na política, no jornalismo, nas relações transacionais e interculturais, e que essas mudanças manifestam não só uma transformação no modo de os indivíduos se comunicarem entre si, mas na forma de as pessoas compreenderem a sua própria vida. Formou-se uma nova cultura!

É importante, destacarmos, ainda, que os meios de comunicação social mais antigos, como o jornal, a revista, a rádio e a televisão, de modo algum se tornaram obsoletos, pois estão presentes nessa convergência de mídias que hoje existem e, por isso, permanecem exercendo papel importantíssimo na informação e formação cultural de nossa sociedade. Nessa perspectiva, à juventude, com suas inovações e dinamicidade, fica o desafio que a nova evangelização objetiva, ou seja, promover o uso de tais meios como forma autêntica de propagação da Fé, enfatizando sempre seu caráter vivificante e transformador, ao passo que sempre sublinhando seu fundamento: o encontro pessoal com o Senhor.

''Ide e fazei Discípulos entre os Povos'' (Mt 28,19), eis o lema da Jornada Mundial da Juventude Rio 2013 que estamos preparando para celebrar dentro do contexto deste “Ano de Fé” que ora vivenciamos. Reunir milhões de jovens das várias partes do mundo é vivenciar em grandes proporções aquilo que já é vivenciado no dia a dia da Igreja: o encontro pessoal com Jesus Cristo, caminho, verdade e vida (cf. Jo 14,6).

Precisamente "aqui está o desafio fundamental que afrontamos: encontrar meios para promover e formar discípulos e missionários que respondam à vocação recebida e a comuniquem por toda parte, transbordando de gratidão e alegria o dom do encontro com Jesus Cristo".

Ora, faz parte da vivência da Fé Cristã o testemunho do que ela representa e do que é, pois o Cristianismo, como já nos enfatizara o Santo Padre, não nasce de uma bela ideia ou de um programa ético simplesmente, mas de um acontecimento, ou seja, de um encontro com uma pessoa: Jesus de Nazaré. A Fé Cristã, portanto, baseia-se no “encontro pessoal” com Aquele em Quem está a felicidade plena, e a resposta para as nossas mais profundas interrogações e buscas acerca do sentido último da vida. É preciso, portanto, que O demos cada vez a mais conhecer a todos, para que, por meio desse encontro pessoal com Ele, encontrem também a verdadeira felicidade. É nossa missão fazê-lo.

Por isso, para corresponder à vivacidade e à beleza que este encontro pessoal com Cristo realiza na vida de todo aquele que crê e que por isso leva-o a confessar Cristo e não se envergonhar d’Ele, conclamo os jovens para que façam das redes sociais, dos meios de comunicação social verdadeiros instrumentos de testemunho da Fé Cristã, a fim de que em tudo seja Deus glorificado por Jesus Cristo, e para que correspondamos ao mandato do Senhor de ir ao mundo e pregar o Evangelho a todo criatura.

Que a JMJ faça de cada jovem o evangelizador do novo milênio que a Igreja tanto necessita: sinta em seu interior o ardor missionário que impulsionou os primeiros cristãos a proclamarem sem temor e em toda parte a Boa Nova de Cristo e, agindo como eles, realize a obra da nova evangelização à qual a Igreja propõe no mundo atual.

† Orani João Tempesta, O. Cist.
Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro, RJ

Fonte: Portal Um

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Os movimentos sociais transformaram a América Latina

O Pe. Ermanno Allegri, um italiano que está no Brasil há bastante tempo, é o fundador e atual diretor executivo da Agência ADITAL de Notícias. O trabalho da agência visa difundir as informações sobre os movimentos sociais e instituições com trabalhos no campo da ação social, que ficam escondidos. “Se hoje a América Latina é o que é deve-se exatamente a esse trabalho de formiga, às vezes escondidos, que quase não era considerado, mas que foi andando feito fogo de monturo”, diz o Pe. Ermanno.

A Ordem: Pe. Ermanno, como e por que surgiu a ideia de criar a Agência Adital?
Pe. Ermanno: A ideia veio como proposta de um grupo interessado na comunicação, na Itália, através do Frei Beto. Chegou a mim, lá em Fortaliza-CE, onde havíamos conseguido montar uma agência local, entre 1995/96 – ANOTE (Agência de Notícias Esperança) que era para difundir para a imprensa as notícias das pastorais e movimentos sociais. Extrapolamos o Ceará e quando veio a proposta do Frei Beto e nós começamos, em 2000. O trabalho era financiado por um empresário, através de uma Fundação dele. Começamos dentro do espírito de fazer com que a comunicação, os conteúdos fossem divulgados a partir dos movimentos sociais, populares, pastorais sociais, movimentos indígenas etc. De fato, o começo foi um grande contato com tudo o que era movimentos sociais na América Latina e Caribe. Descobrimos, sobretudo, a partir do Fórum Social Mundial (uma ótima coincidência), quando apareceu o protagonismo dos Movimentos Sociais da América Latina e do Caribe. Foram esses movimentos sociais que transformaram a América Latina. Se hoje a América Latina é o que é deve-se exatamente a esse trabalho de formiga, às vezes escondidos, que quase não era considerado, mas que foi andando feito fogo de monturo, até que apareceu e hoje temos uma América Latina radicalmente diferente daquilo que era há 15 ou 20 anos atrás.

A Ordem: Hoje, que avaliação faz da Agência?
Pe. Ermanno: Passamos períodos muito duros, entre 2002 a 2008. Tínhamos uma jornalista só, dos sete que tínhamos, devido à falta de recursos, com a falência do financiador. Hoje, olhando para trás, vemos um elemento interessante: havia pessoas que acreditavam na proposta. Por isso, mesmo com o “fôlego curto”, continuamos a qualidade da informação. Acho que se pode dizer que chegamos a uma mala direta diária de segunda a sexta-feira, de quase 90 mil pessoas, no mundo todo, que recebem estas informações. Em 2011 chegamos a quase 20 milhões de páginas lidas, só a página do site de Adital, fora os milhões fora da Adital. Acho que muita gente que lê Adital conseguiu criar uma visão diferente. Um dos testemunhos que temos, de uma peruana, que trabalha numa agência de financiamento na França, é interessante. Ela diz que depois de dois anos que lê Adital tem uma visão diferente da América Latina. É isso que queremos com a agência.

A Ordem: Qual é a sua visão, hoje, da comunicação na Igreja Católica, no Brasil?
Pe. Ermanno: Se eu fosse fazer um balanço geral, diria, em primeiro lugar, que a Igreja Católica tem um instrumental que é fantástico, do ponto de vista de possibilidades. Cada Diocese, cada paróquia, cada comunidade, cada grupinho, tem um jornal, um blog, uma rádio, uma televisão. Mas fico triste quando começo a analisar esses instrumentos. O uso tem falhas terríveis. Esses instrumentos não contam com profissionais capazes e que sabem o que é comunicação. Às vezes as pessoas que a Igreja coloca são incompetentes, não por culpa delas, mas porque foram colocados lá pela paróquia ou pela diocese, sem que esta saiba como fazer o trabalho. E essas pessoas sofrem com isso. Se chegamos a esse ponto, então para que ter meio de comunicação? Mas há um elemento interessante. Ultimamente, e acho que estes MUTICOMs ajudam, há áreas que estão se capacitando mais. Às vezes é só técnica, e isso é importante, mas é só uma parte. É preciso se profissionalizar.

A Ordem: Que contribuições os Mutirões podem dar para melhorar essa comunicação na Igreja?
Pe. Ermanno: Podem ser uma oportunidade muito boa de reflexão e de dar passos significativos. Já participei de dois. As oficinas, os grupos de trabalho, me deixaram admirados por que são uma riqueza. Neles tem pessoas que, às vezes sem recurso e de pouca competência, são pessoas que querem. Então, por que não acreditar não confiar nessas pessoas, se eles têm a vontade? Acho, então, que os Mutirões são oportunidade de fazer avaliação. Por exemplo: nos últimos quatro ou cinco anos, o que mudou no nosso boletim, no nosso programa de rádio, na nossa televisão? Avaliar no sentido de crescer, de dar mais conteúdo e de se espalhar mais. Porque, às vezes, quase que temos o complexo de que esses meios pequenos devem permanecer raquíticos. Quem disse que um jornal de Diocese ou de sindicato não pode crescer? Devemos pensar grande para que nossos conteúdos, nossa mensagem, possam se aprofundar e chegar às pessoas.

A Ordem: Qual é a visão que tem do tema “Comunicação e Participação Cidadã: Meios e Processos”?
Pe. Ermanno: É um tema que, sinceramente, me entusiasma. Quando se fala de participação cidadã na comunicação vemos que a comunicação pode ser um instrumento fantástico para o crescimento das pessoas. Acho que cada tipo de instrumento deve procurar a participação cidadã diferenciada. Como procuro a participação das pessoas no boletim da paróquia ou da diocese, ou do sindicato, ou no programa de rádio ou de televisão. É diferente. Mas, participação que dizer que você participa do programa, do meio, mas também vice-versa. Como nós ajudamos as pessoas a participar da vida social, da vida política. A segunda parte do título fala de meios e processos. Então, qual é o processo que podemos desencadear em cada meio de comunicação para chegar a chegar a ver o meio que temos e como esse meio pode crescer e se diferenciar? Acho até que esse tema daria para fazer um MUTICOM não de dois ou três dias, mas de um mês!

Fonte: Muticom

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Minissérie de TV retrata a rotina dos Papas do Concílio Vaticano II


O Concílio Ecumênico Vaticano II foi convocado no dia 25 de janeiro de 1961, através da bula papal “Humanae salutis”, pelo papa João XXIII. Este mesmo Papa inaugurou-o, a ritmo extraordinário, no dia 11 de outubro de 1962. O Concílio, realizado em quatro sessões, só terminou no dia 8 de dezembro de 1965, já sob o papado de Paulo VI.
Nestas quatro sessões, mais de dois mil bispos convocados, de todo o planeta, discutiram e regulamentaram vários temas da Igreja Católica. As suas decisões estão expressas nas quatro constituições, nove decretos e três declarações elaboradas e aprovadas pelo Concílio.
Neste ano de 2012 a Igreja celebra os 50 anos da abertura desse grande evento. Em comemoração ao jubileu de prata será exibida, pela primeira vez na televisão brasileira, a minissérie “Papas do Concílio”.
Com base em dois filmes produzidos na Itália e inéditos no Brasil, a minissérie retrata a trajetória do Papa João XXIII e do Papa Paulo VI, principais protagonistas do Concílio.
A produção que terá dez episódios conta, também, com depoimentos das personalidades mais importantes do episcopado brasileiro, que vivenciaram o período histórico mais marcante da Igreja Católica.
“Papas do Concílio” estreia no próximo dia 12 de novembro, em dois horários, às 14h e às 20h, na TV Aparecida.
Fonte: CNBB
Jornalista: Natalia Zimbrão

Reunião do Grupo dos Assessores trata de política de comunicação da CNBB


Na tarde desta terça-feira (06), durante a reunião do Grupo de Assessores (GA) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), uma das pautas foi a política de comunicação da instituição. O assessor de imprensa da CNBB, padre Rafael Vieira, apresentou ao grupo de assessores da CNBB, sugestões de trabalho para aprimorar a comunicação interna e externa do organismo.
Durante a apresentação, padre Rafael salientou e reafirmou a corresponsabilidade da presidência, assessores, subsecretários dos regionais, e colaboradores, com o comprometimento com a imagem real da CNBB. Para o assessor, para aperfeiçoar a comunicação da CNBB, é necessário “um esforço conjunto”, de todos que fazem parte da instituição.
“Em uma política de comunicação, é necessário coordenar a interação, já que a comunicação permeia por todos os setores. A política de comunicação é dinâmica. Por isso, a importância da colaboração de todos, para que possa manter-se atualizada”, explicou o assessor.
O padre defendeu a aproximação efetiva dos regionais, por meio de “um levantamento da situação que cada um vivencia”. Sobre os textos enviados diariamente pelos regionais, para publicação no site, o assessor lembrou que “é preciso adotar os padrões da sede para as políticas de comunicação dos regionais”. O assessor também sugeriu um levantamento nas comissões, e sugeriu um método. “As comissões devem integrar seus especialistas e comunicadores, aos seus projetos”, disse.
Sobre a comunicação externa, padre Rafael, disse que é preciso elevar ao patamar a qualidade dos serviços de comunicação que são prestados à sociedade. Ainda lembrou que nem todas as pessoas que acompanham as atividades, da CNBB e da igreja, estão inseridas na “era tecnológica”, com acesso à internet, mas que em se falando de comunicação, “estar no ambiente virtual, não é mais uma opção”.
Fonte: CNBB
Jornalista: Natalia Zimbrão

Simpósisio sobre Sala de Imprensa da Santa Sé. Entrevista com Pe. Lombardi


“O nascimento e o desenvolvimento da Sala de Imprensa da Santa Sé: do Concílio aos dias de hoje” é o título do Simpósio que se realizou nesta terça-feira, em Roma, na Universidade Livre Maria Santíssima da Assunção (LUMSA). No encontro foram abordados temas como os novos desafios da instituição vaticana, assim como suas perspectivas futuras.
Em 1966, a Sala de Imprensa havia sido instituída como um organismo informativo do Concílio Vaticano II, um momento crucial não somente para a Igreja, mas também para os jornalistas que queriam notícia a respeito. Já em 28 de maio de 1986, através de uma carta da Secretaria de Estado, o Papa João Paulo II aprovava esta instituição, que até então estava subordinada a Pontifícia Comissão para a Comunicação Social, atual Pontifício Conselho das Comunicações Sociais.
O diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi, falou à Rádio Vaticano sobre o trabalho desenvolvido por esta instituição vaticana: “Atualmente, a Sala de Imprensa continua a ser uma instituição vital para a relação entre a Santa Sé e todo o mundo da comunicação. É uma espécie de porta aberta, de comunicação, nos dois sentidos: as perguntas que vêm do mundo, por um lado, e as respostas que a instituição dá por outro. É um serviço extremamente importante, do qual fazem parte jornalistas e correspondentes de diversas instituições. Temos mais de 400 credenciados, atualmente, aqui em Roma, embora nem todos sejam regulares”.
Padre Federico Lombardi também falou sobre a necesssidade de uma maior transparência na comunicação da Igreja, especialmente aquela relativa a questões delicadas vividas recentemente: “Eu vivi muito nos últimos anos, uma expectativa pelo crescimento de transparência da Igreja, como por exemplo, nos grandes debates realizados sobre o abuso sexual de menores por membros do clero, sobre o tema de administração econômica ou das regras financeiras a nível internacional. Aqui, estes são os temas principais por muito discutidos, e vivendo um momento crucial como a Sala de Imprensa, percebemos a necessidade de dar explicações e respostas por parte da Igreja sobre temas que, se não tratados, dão origem à comentários, a imagens negativas”.
Fonte: Rádio Vaticano
Jornalista: Natalia Zimbrão

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Novas Tecnologias, Novas Relações na Vida Consagrada: desafios culturais e perspectivas


Novas Tecnologias, Novas Relações na Vida Consagrada foi o tema do seminário de Comunicação para a Vida Consagrada, que aconteceu em São Paulo, de 01 a 04 de novembro, na Faculdade Paulina de Tecnologia da Comunicação (FAPCOM). O Seminário foi promovido pela Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB-Nacional), com o apoio da Conferencia Nacional dos Bispos do Brasil CNBB).
Joana Puntel, que pertence à Congregação das Irmãs Paulinas, iniciou sua fala provando à contextualização: “Onde se situa a Vida Religiosa Consagrada na cultura midiática?”
Mudanças socioculturais e os desafios da Igreja e a Vida Religiosa, foi o tema assessorado, na manhã de quinta, 02, pela professora da PUC de Campinas e doutora em Ciências Sociais e Ciências da Religião, Brenda Carranza.
“Provocar para crescer é entender que mudanças acontecem, mesmo quando a tradição pede para prosseguir com as faltas e os acertos. As mudanças tecnológicas fazem-se notórias e perceptíveis aos meios religiosos, talvez seja um alerta para mudanças necessárias para reavivar o sentido cristão no mundo de avanços tecnológicos”, disse a assessora.
De acordo com a assessora Brenda Carranza, a vida religiosa do século XXI se depara com profundas mudanças entre indivíduos, sociedade e novas plataformas de comunicação. Entre os religiosos muito se discute sobre o decréscimo das vocações, as crises na Vida Religiosa e o desinteresse dos jovens aos ritos católicos. A socióloga desafia às questões para o esclarecimento entre a Igreja, as novas tecnológicas e as mudanças socioculturais.
Brenda Carranza retrata sobre “Comunicação e Mudanças Socioculturais” e lança quatro perguntas aos participantes a respeito de como a Igreja deve pensar as mudanças tecnológicas e suas respectivas relações interativas e a utilização dos novos meios digitais: O que é possível ver? Sobre o que se vê, o que incomoda? O que está por vir? Quais desafios são perceptivos? Em prévia pode-se constatar o despreparo humano eclesial e alguns reparos falidos para a nova organização sociocultural.
A mudança tecnocientífica propõe mudar a lógica tradicional familiar, econômica, social, psíquica e a concepção religiosa de cada ser humano. A Igreja na era da tecnociência quer se posicionar e se envolver para evangelizar com eficácia e profundidade. Pois a neocivilização “transforma a sociedade diariamente, como também altera a ideia de Deus e a relação que cada indivíduo estabelece com ele e as religiões” afirma Brenda Carranza. Contra a ideia de ateísmo das massas, para ela é notável a existência de grande número de pessoas que buscam relações com o transcendente, mas criam nos seus moldes maneiras próprias de se relacionar, sem a necessidade de um seguimento tradicional.
Segundo Gildásio Mendes dos Santos, padre salesiano, para se falar das novas mídias na formação da vida comunitária faz-se necessário estar com os olhos fixos em Jesus Cristo, pois nosso olhar deve ser amoroso para com os jovens que buscam este estilo de vida. “Os celulares dos jovens de hoje é a caneta dos religiosos de 60 anos”, afirma o padre. A grande revolução não é tecnológica, mas sim relacional. Por isso, a Igreja em seu magistério reflete sobre a profunda transformação que a internet está proporcionando.
Ainda de acordo com o padre, “estamos vivendo um tempo em que os jovens estão num processo de interatividade e instantaneidade. Falar de forma linear e filosófica para os adolescentes desta época é não falar a mesma linguagem deles. Porém, quando se fala em uma linguagem virtual eles compreendem”. As novas tecnologias não estão separadas do corpo destes novos usuários, e sim os complementa, afirma o padre.
Segundo padre Gildásio, é preciso compreender a multitarefa na qual estes jovens estão inseridos. Atender ao telefone, jantar e ler faz parte da realidade destes usuários tecnológicos. “Muitos dizem que eles não são amorosos e que são muito individuais, isso é mentira; eles são afetivos e procuram integração e abertura,” diz padre Mendes. O problema é que a vida comunitária não está adaptada para as realidades destes novos indivíduos sociais, virtuais. Pois a concepção que estes jovens têm de comunicação é uma comunicação de igual para igual e não hierárquica.
As novas mídias contemplam acima de tudo quem comunica. Os religiosos que habitam as redes são os mesmos que habitam os ambientes tradicionais. Por isso, evangelizar nos espaços midiáticos implica em ser e testemunhar com verdade e coerência a capacidade de amar, de acolher, de estabelecer confiança para fazer o caminho da descoberta de Jesus Cristo. Se os jovens não estão na igreja é porque eles não compreendem a linguagem.
O mundo virtual é um passo para contemplação, pois envolve o silêncio, atenção, interatividade, beleza e a arte. Quem souber fazer isso despertará no coração dos jovens o desejo para a vida comunitária. Cabe a nós religiosos e religiosas responder a uma pergunta mágica, onde está o objeto do nosso desejo? Uma vez que a juventude de hoje crê nos valores vividos, percebidos. O que é autêntico eles veem. As congregações que souberem fazer isso terão muitas vocações, sentencia o padre.
Fonte: Signis Brasil
Jornalista: Natalia Zimrão

sábado, 3 de novembro de 2012

As novas tecnologias e a vida consagrada no Brasil


Está em andamento em São Paulo, na Faculdade Paulus de Tecnologia e Comunicação (Fapcom), o Seminário “Tecnologias, Novas Relações na Vida Consagrada – Desafios Culturais e Perspectivas”, promovido pela Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB-Nacional) e pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). 
O evento, que se conclui domingo, 4 de novembro, visa oferecer reflexões e debates à Vida Religiosa Consagrada na discussão referente ao fenômeno da comunicação, a evolução de seus fundamentos e a natureza de suas práticas. Reflete ainda sobre os desafios e as esperanças que as novas tecnologias, utilizadas na sociedade atual, trazem e partilha as mais variadas experiências de uso desses meios, na Pastoral, em vista da ajuda mútua e maior eficácia na missão.
Participam do Seminário religiosas e religiosos de todo o Brasil e também bispos, como o presidente da Comissão Episcopal para a Comunicação da CNBB, Dom Dimas Lara Barbosa.
Dom Dimas ressaltou a importância da proposta deste seminário para a Igreja, em específico para a Vida Religiosa Consagrada:
“Desde o século XIX, pelo menos, a Igreja tem mergulhado de uma maneira muito decidida no universo da comunicação. Desde a criação do ‘Osservatore Romano’, depois a Rádio Vaticano, na presença do próprio Marconi, que foi o inventor do rádio, e com João Paulo II a criação do Pontifício Conselho das Comunicações Sociais. Tudo isso mostra que a Igreja reconhece e o próprio Concílio Vaticano II se referia aos meios de comunicação social como Inter Mirifica, entre as maravilhas que Deus concede aos seres humanos. Não tenho dúvidas de que seremos cobrados pelas futuras gerações pelo bom ou pelo mau uso que fizemos ou deixamos de fazer dos meios de comunicação. Quando a própria vida religiosa num verdadeiro mutirão nacional se debruça sobre o tema e reconhece que os meios de comunicação não são apenas instrumentos, e sim uma ambiência em que se forma até uma consciência e como processo de conhecimento das novas gerações. Esses meios afetam efetivamente as relações nas próprias comunidades. Isso é sinal de que nós levamos a sério a proposta de Jesus e o mandato de evangelizar a todos, o que inclui a geração do continente digital.”
Fonte: Rádio Vaticano
Jornalista: Natalia Zimbrão