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ACI) O Papa Francisco conquistou os meios de comunicação e a opinião pública muçulmanos através do Twitter. A notícia provém do simpósio celebrado em Amman, Jordânia, nos dias 10 e 11 de junho pelo Centro de Estudos e Comunicação Católicos, em colaboração com o Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais.
"A presença do Papa nos meios é importante, também os muçulmanos querem saber dele, e muitos meios de comunicação se interessam por ele como é o caso do Al Jazeera, Al Arabiya, Abouma.org, Al Harra ou Jordanian Times –alguns dos meios de comunicação mais importantes da imprensa árabe", explicou o sacerdote Ramsine Hage Moussa, oficial de língua árabe do Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais (PCCS).
"Os muçulmanos estão muito interessados. Atualmente o mundo árabe está vivenciando uma revolução, um tempo de mudanças, e os cristãos têm um papel fundamental, e isto é algo que está muito presente", acrescentou.
O Papa Francisco conta com mais de 64 500 seguidores no seu perfil do Twitter em língua árabe @Pontifex. Muitos deles, explica o Pe. Ramsine, professam a religião muçulmana e seguem o Papa porque "querem saber o que ele diz", além disso "sua incursão no Twitter em língua árabe teve um impacto absoluto entre a opinião pública".
O simpósio comemorou o primeiro ano de abertura do centro, e nele participaram mais de 200 jornalistas de diferentes países do Oriente –a maioria deles de religião muçulmana-, assim como religiosos cristãos, muçulmanos, e intelectuais, entre os que figuravam o Patriarca de Jerusalém dos Latinos, Fouad Twal, o Presidente do PCCS, Dom Claudio Maria Celli , o Ministro jordano de Meios e Comunicação, Mohammad Momani, e o Padre Rifat Bader, diretor do Catholic Center fors Studies and Media.
"Os cristãos árabes foram e continuam sendo pioneiros intelectuais em defender a dignidade do ser humano através de suas vidas...", expressou o Pe. Bader.
O centro teve um grande êxito no relatório das atividades e das iniciativas da Igreja na Jordânia e ao longo de todo o Oriente Médio, e se converteu em um ponto de conexão para o intercâmbio de informação das Igrejas, paróquias, e dos centros pastorais dos diferentes ritos católicos e a rica tradição que faz parte do mosaico formoso e cultural que caracteriza a região.
Por sua parte, Dom Celli falou com os presentes da evangelização e de como usar os meios de comunicação para transmitir a mensagem de Deus e o cristianismo.
"Animo-lhes continuar neste trabalho e estar atentos às novas formas de comunicação, interação e à linguagem dos meios de comunicação", disse.
O encontro terminou com um chamado à libertação dos dois bispos cristãos sequestrados na Síria.