O Diretório será apresentado no 4º Encontro Nacional da Pastoral da Comunicação e 2º Seminário Nacional de Jovens Comunicadores, que serão realizados de 24 a 27 de julho, em Aparecida (SP).
O cardeal arcebispo de Aparecida (SP) e presidente da CNBB, dom Raymundo Damasceno Assis, falou sobre a aprovação do Diretório de Comunicação. Para o cardeal, o documento “quer contribuir para fomentar a implementação” da Cultura da Comunicação na Igreja do Brasil.
“O Diretório de Comunicação sempre foi um desejo da Conferência e sua produção é fruto dos trabalhos da Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação”, destacou dom Damasceno.
Fruto de uma profunda pesquisa que contou com a colaboração de diversos pesquisadores e agentes da Pastoral da Comunicação, o documento é resultado da abertura da Igreja no Brasil para a comunicação.
O arcebispo de Campo Grande (MS) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação da CNBB, dom Dimas Lara Barbosa, lembrou que a proposta da elaboração de um Diretório para a Igreja no Brasil nasceu durante a gestão do cardeal Orani João Tempesta, arcebispo de Rio de Janeiro, que esteve como presidente da então Comissão para a Educação, Cultura e Comunicação da CNBB.
Etapas
Antes da aprovação final, o texto do Diretório foi publicado em forma de Estudo da CNBB (nº 101) “A comunicação na vida e missão da Igreja no Brasil”. A nova redação possui caraterísticas próprias da realidade da comunicação pastoral da Igreja no Brasil.
O Diretório foi apresentado aos bispos na 51ª Assembleia Geral, ocorrida em 2013, e recebeu emendas e sugestões. A decisão final para aprovação ficou sob a responsabilidade do Conselho Permanente da CNBB.
“Agora a Igreja tem um documento oficial produzido a partir das sugestões da Assembleia dos Bispos de 2013 e, posteriormente, com as correções indicadas pelo Conselho Permanente que aprovou o texto final”, explicou dom Dimas.
Conteúdo
O Diretório é composto por dez capítulos, divididos em artigos que buscam apresentar diferentes aspectos do fenômeno comunicativo, são eles: 1- Comunicação e Igreja em um mundo em mudanças; 2- Teologia da Comunicação; 3- Comunicação e vivência da fé; 4- Ética e comunicação; 5- O protagonismo dos leigos na comunicação evangelizadora; 6- Igreja e mídia; 7- Igreja e mídias digitais; 8- Políticas de Comunicação; 9- Educar para a comunicação; 10- Comunicação na Igreja: atuação da Pascom. O Diretório traz ainda um glossário de comunicação que contempla termos próprios da área, relacionados à vida eclesial e da Igreja.
Dom Dimas destaca que a linguagem utilizada no Diretório quer atingir a diferentes realidades pastorais, com uma proposta de estudo e reflexão. “O texto busca refletir um pouco sobre a comunicação da Igreja no Brasil, ao mesmo tempo indicando um futuro promissor nesta área”, disse.
Na avaliação de dom Dimas, o Diretório já vem produzindo frutos nas dioceses e regionais da CNBB. “Durante os encontros diocesanos de comunicação, os agentes elaboram um Plano de Pastoral para sua realidade, conforme as orientações e motivações do Diretório”, comenta. Ainda de acordo com o bispo, o crescimento do Mutirões de Comunicação, a organização da Pastoral da Comunicação e o Encontro Nacional são resultados do trabalho da comunicação na Igreja.
Resultados
Os assessores da Comissão, Ir. Élide Fogolari e padre Clóvis de Melo Andrade, que coordenam também a Rede de Informática na Igreja do Brasil (RIIBRA), têm ministrado cursos por todo o país, com a proposta de animar a Pastoral da Comunicação e a RIIBRA à luz do Diretório.
“Cabe às dioceses e paróquias, assim como às diferentes pastorais, movimentos e mídias católicas, estudar o Diretório, confrontando suas proposições com a realidade local e definir seus planejamentos e ações”, destaca Ir. Élide Fogolari.
Padre Clóvis revela que entre as novidades do Diretório estão as diferentes reflexões sobre os aspectos da comunicação, que incluem as mídias digitais. Ao final de cada capítulo são propostas pistas de ações com sugestões de atividades para formação, articulação, produção e espiritualidade da Pastoral da Comunicação. “A presença da Igreja no ambiente digital é incentivada por ser um lugar de testemunho e anúncio do Evangelho”, comenta padre Clóvis.
Fonte: CNBB
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