O 1º Encontro da Amazônia Legal, que acontece em Manaus, de 28 a 31 de outubro, terá projeto inédito de comunicação. Impressos, Rádio e Internet farão a maior rede de comunicação de um evento da Igreja. A ação é promovida pela Signis Brasil.
O destaque é para a forma: de modo integrado, a cobertura jornalística alcançará dez impressos católicos entre revistas e jornais, associados a Signis Brasil, chegando a uma tiragem de cerca de 1 milhão exemplares e a 230 rádios de todo o País, associadas à Rede Católica de Rádio (RCR).
“A relevância deste encontro da Amazônia é muito grande tanto para a Igreja quanto para o diálogo com a sociedade, nas questões pontuais ali discutidas. E esta é a nossa missão como veículos católicos”, afirma a presidente da Signis, irmã Helena Corazza, fsp.
Participam do projeto os jornalista: Wilson Silvaton, fará a cobertura de rádio, Osnilda Lima e Karla Maria, resposáveis pelos impressos e internet. A coordenação da produção de rádio é do jonalista André Costa e conta com a assosria de Marcos Beltramim, dirigido pelo presidente da RCR frei João Carlos Romanini.
As mídias participantes do projeto:
Rádio: Rede Aparecida (SP), Redesul de Rádio (RS) Rede Milícia da Imaculada (SP), Rede Difusora (GO), Rede Cancao Nova de Rádio (SP)
Impressos: Familia Cristã, Revista Rainha,Revista O Mílite, Revista Canção Nova, Revista Ave Maria, Revista Cidade Nova, Revista Mundo e Missão, Jornal Correio Riograndense, Jornal O Santuário, Jornal Mundo Jovem, Jornal Missão Jovem,
A Igreja da Amazônia Legal
As questões que serão discutidas por lideranças e bispos dos seis regionais que compoem a Amazônia Legal são muitas, e têm ferido a dignidade da pessoa humana de diversas formas, além de impactar o meio ambiente.
No Regional Noroeste, que compreende os Estados do Acre, Sul do Amazonas e Rondônia, a preocupação está no impacto que os grandes projetos do governo federal e as Pequenas Centrais Hidrelétricas estão gerando aos centros urbanos: exploração sexual, impactos às comunidades tradicionais, ribeirinhas e ao meio ambiente.
Os conflitos de terra também estão presentes. Segundo a Comissão Pastoral da Terra, atualmente 295 pessoas, entre elas dom Pedro Casaldáliga, estão ameaçadas de morte, 199, ou 67% delas, encontram-se na Amazônia Legal.
No Norte 1, que compreende o Norte do Amazonas e Roraima, há a preocupação com a acolhida a imigrantes haitianos, com as populações tradicionais e ribeirinhas, com os povos indígenas da Raposa Serra do Sol. Já no Regional Norte 2, nos estados do Amapá e Pará, bispos, religiosos e agentes de pastoral estão ameaçados de morte por denunciarem o tráfico internacional de mulheres, o trabalho escravo em usinas de carvão, os conflitos e interesses em terras indígenas.
A pobreza, o tráfico de mulheres e o trabalho escravo também estão presentes nos regionais centro Oeste, que compreende parte do Tocantins, Goiás e Distrito Federal e Oeste 2, a outra parte do Tocantins e Mato Grosso; e no Nordeste 5, o Maranhão, que atualmente é o penúltimo Indíce de Desenvolvimento Humano (IDH) do País.
Cristo aponta para a Amazônia − Para responder a esses desafios, a Igreja na Amazônia tem abraçado a missão de forma comprometida com toda a criação e na busca de uma vivência autêntica nas comunidades de fé, alimentado-se pela Palavra e pela Eucaristia. Em Julho de 2012, na celebração final do 10º Encontro da Igreja na Amazônia, realizada em Santarém (PA), o cardeal dom Claudio Hummes, presidente da Comissão Episcopal para a Amazônia, e os bispos dos regionais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) que abrangem a região divulgaram uma Carta ao Povo de Deus expressando o compromisso com a Amazônia. Trecho inicial da carta:
“Expressamos nossa gratidão ao Deus da vida, não obstante nossas fragilidades, nossa Igreja tem anunciado Jesus Cristo ressuscitado, caminho, verdade e vida e tem marcado presença junto ao povo sofrido, sendo muitas vezes a voz dos povos indígenas, ribeirinhos, quilombolas, seringueiros e migrantes, nas periferias e em novos ambientes dos centros urbanos animando as comunidades na reivindicação do respeito pela sua história e religiosidade.
É também a vida destes povos, seu modo de viver, sua simplicidade, seu protagonismo, sua fé que nos encantam! Não faltou o testemunho de entrega da própria vida até o derramamento de sangue. Este testemunho nos anima, nos encoraja e nos fortalece. São também protagonistas religiosos e religiosas, pastorais, movimentos e serviços que tem sido uma força viva e atuante na realidade das nossas comunidades. ‘Cristo aponta para a Amazônia’ lembrava o Papa Paulo VI aos bispos da Amazônia por ocasião de seu encontro em Santarém, de 24 a 30 de maio de 1972, marco indelével na história da Igreja desta grande região brasileira, habitada por povos de culturas e tradições tão diferenciadas do outro Brasil”.
Fonte: Signis Brasil